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Fundos prefixados: avalie as perspectivas

Com a perspectiva de queda da Selic, os fundos prefixados podem apresentar ganhos superiores ao fundos DI - pós-fixados. Porém, se os papéis desses fundos tiverem vencimento no longo prazo, a oscilação do valor é maior e o risco também.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os cenários econômico e financeiro favoráveis aumentam a expectativa do mercado em relação à novas quedas das taxa básica de juros - Selic. Alguns analistas chegam a afirmar que o patamar de juros anual pode ficar abaixo de 15% ainda nesse ano. Hoje a taxa Selic está em 16,5% ao ano. Para os investidores, esse é um sinal de que os fundos prefixados podem apresentar rentabilidade superior à dos fundos de renda fixa DI, pós-fixados, que acompanham as taxas de juros. Essa possibilidade de ganho, no entanto, depende da composição da carteira do fundo prefixado, que pode ser formada por papéis de prazos mais curtos ou mais longos. "Quanto mais distante o vencimento de um título, mais arriscado ele é. Os gestores compõem as carteiras dos fundos, dependendo do tipo de perfil de cliente que adere ao fundo", afirma Flávio Bojikian, diretor de renda fixa do BankBoston. Nesse caso, o investidor que acredita que a Selic vai realmente continuar caindo aplica em fundo de renda fixa mais arrojado, ou seja, com papéis mais longos. Porém, Eduardo Castro, diretor de renda fixa do ABN Amro Asset Management, lembra que o investidor não deve olhar apenas para as perspectivas da taxa Selic. Isso porque os juros pagos nos títulos que compõem a carteira não tomam por base a Selic, mas sim como está o cenário econômico e financeiro naquele momento. "Se o governo baixar a taxa e o mercado realmente acreditar que existe consistência para a queda, a chance de ganhos em fundos prefixados é maior", afirma. Longo prazo pode apresentar mais oscilações O valor das cotas dos fundos de renda fixa prefixados, compostos por papéis de prazos mais longos, apresentam oscilações maiores. Isso porque as cotas destes fundos precisam variar diariamente de acordo com o comportamento dos juros, de forma que o efeito é maior quanto maior o prazo do papel. Se ocorre uma alta dos juros, por exemplo, há uma queda mais acentuada no valor da cota do fundo que tenha papéis de mais longo prazo (veja mais informações no link abaixo). Diante disso, Augusto Martins Ferreira, diretor de renda fixa da Unibanco Asset Management, aconselha que apenas os investidores com tolerância ao risco apliquem seus recursos em um fundo de renda fixa arrojado, ou seja, com papéis de prazos mais longos.

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