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Furacão Ivan e atentado no Iraque pressionam preço do petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contratos futuros do petróleo seguem sustentados por temores de que o furacão Ivan, que direciona-se à costa norte-americana no Golfo do México, prejudique as operações das companhias petrolíferas na região. A informação de explosão numa junção de oleodutos no norte do Iraque também mantinha os investidores na ponta de compra. Às 9h (horário de Brasília), o contrato do petróleo tipo brent subia US$ 0,82 (alta de 2%), para US$ 41,88 o barril em Londres. O contrato do petróleo cru avançava US$ 0,77 (alta de 1,76%) para US$ 44,64 o barril no pregão eletrônico da bolsa de Nova York, Nymex. O furacão Ivan, um dos mais devastadores, chegou a Cuba ontem à noite com seu olho sustentando ventos de 267 km/h, fortalecido à categoria de tempestade catastrófica, depois de produzir ondas gigantes nas ilhas do Grand Cayman. O furacão já deixou pelo menos 68 mortos em sete ilhas no Caribe, devastou 90% de Granada e arrasou o resort de Negril, na Jamaica. Não há informações sobre mortos ou feridos em Cuba. As principais companhias produtoras de petróleo situadas na costa norte-americana já dispensaram seus funcionários das plataformas offshore; algumas suspenderam sua produção. No Iraque, uma junção de oleodutos ao norte do país foi atingida por sabotadores, prejudicando as exportações pelo norte do país para a Turquia. Em conseqüência da explosão, a energia elétrica foi cortada no país. Reunião da Opep acontece amanhã Amanhã, haverá reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em Viena e o consenso é que o grupo manterá inalterado o teto de produção. Os Ministros já estão chegando a Viena e os investidores do mercado de petróleo acompanham as tradicionais declarações que antecedem a reunião. O ministro saudita destacou novamente a capacidade do país de oferecer mais petróleo. Ali Naimi afirmou que a nova capacidade do país permitirá elevar a produção diária no curto prazo a 11 milhões de barris ao dia, embora não haja demanda que justifique tal elevação. Atualmente, a capacidade de produção saudita é de 10,5 milhões de barris. O ministro kuwaitiano disse apoiar elevação de 500 mil barris no teto da produção do grupo. O ministro da Venezuela discordou, afirmando não ser este o momento para aumentar a capacidade do cartel. Paralelamente, analistas mostram-se céticos em relação a eventuais revisões nas cotas da Opep. Robert Skinner, diretor do Instituto Oxford de Estudos de Energia, disse que com o final da temporada de intensa utilização de veículos nos EUA e o início das mudanças na prioridade de produção das refinarias - por causa da proximidade do inverno - a demanda deve diminuir e aproximar-se da oferta. As informações são da Dow Jones.

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