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Furlan afirma que há convergência pelo crescimento

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou à Agência Estado, em Bruxelas, que "há uma convergência total" dentro da equipe do governo de que o País precisa retomar o crescimento, "agora estamos só discutindo o quanto e a velocidade". Segundo o ministro, o governo precisava construir "credibilidade", "o que já aconteceu". Hoje, a realidade é outra: "O quadro precisa ser pintado de acordo com uma perspectiva e não mais pelo retrovisor", reforça Furlan. Dentro do horizonte de um programa de desenvolvimento, o governo deverá sinalizar neste próximo semestre como acomodará as restrições macroeconômicas à uma realidade de programa de crescimento. "Os resultados do semestre cumpriram com folga os compromissos que foram assumidos, com exceção do índice da inflação passada", disse Furlan. No momento atual, a situação das contas públicas do governo federal está melhor do que foi projetado, afirma o ministro, contando que o Brasil assumiu um compromisso de superávit primário de 4,25% e "o vemos acima de 5%". Provocado se o governo eventualmente cogitaria nova meta de superávit primário, hoje em 4,25% do PIB, enquanto a exigência do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de 3,75% do PIB para o empréstimo de US$ 30 bilhões concedido ao País durante a campanha eleitoral presidencial, Furlan respondeu que não entraria nesse tipo de detalhe, "porque não o compete". O País "tem folga e crédito para encarar um programa de desenvolvimento", salientou. Tudo faz parte de um grande sopão, - governo federal, estados e município - , disse o ministro, e é isto que está sendo levado em consideração, no momento, para lançarmos um programa de investimentos em infra-estrutura e também de estímulos à produção e ao consumo. Taxa de juros Para a reativação da economia - produção e consumo -, Furlan disse que o próprio ministro Antônio Palocci tem reforçado a idéia da redução da taxa básica, baseado nos resultados macroeconômicos, "que indicam efetivamente que o atual nível de inflação" não sustenta mais a atual taxa de juros, "que mata qualquer economia". O presidente Lula já convocou uma reunião para o dia 17 de julho, onde todos os ministros vão "reunir projetos de investimentos , quantificar e dar prioridades", completou Furlan.

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