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Furlan anuncia crescimento recorde de exportações

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de anunciar os resultados recordes da balança comercial em dezembro e em todo o ano de 2004, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que o ritmo de alta das exportações em 2005 ficará entre 10% e 15%, chegando possivelmente a US$ 108 bilhões. No ano passado, as vendas externas cresceram 32% sobre 2003. As importações devem superar a velocidade de aumento das vendas externas. A projeção do ministro é de aumento entre 20% e 30% sobre 2004, segundo o ministro, que anunciou os dados da balança comercial de 2004 em coletiva no BNDES. Furlan acredita que a balança sofrerá impacto do dólar em queda, que diminui a competitividade dos produtos brasileiros vendidos no exterior e impulsiona as importações de bens de consumo. Ele citou como exemplo as exportações de calçados e do setor automotivo. Este segundo sofrerá impacto também dos preços do aço, em alta desde o início de 2004. Mercado interno Na avaliação do ministro, o crescimento do PIB em 2005, entre 4% e 5%, também deve estimular o mercado interno, que acabaria absorvendo parte do excedente exportável. "Os investimentos que estão sendo feitos em aumento da capacidade produtiva só terão ef eito depois de 2005", afirmou. De acordo com o ministro, a balança de 2004 foi forte e positivamente impactada pela alta nos preços das commodities, sobretudo da soja, um movimento que não deve se repetir em 2005, já que os preços estão voltando aos patamares normais. Dólar Furlan não fez qualquer crítica à política de câmbio, mas admitiu que as empresas precisarão passar por um período de adaptação ao novo patamar da moeda para continuar exportando. Diante de um quadro formado por câmbio desfavorável, recuo nos preços das commodities agrícolas e manutenção do aquecimento do mercado interno, Furlan justificou suas projeções otimistas de aumento de até 15% nas vendas externas dizendo que o que "salvará" o comércio exterior é a diversificação de produtos e mercados. Além disso, algumas empresas já procuram exportar em outras moedas que não o dólar norte-americano, principalmente nas operações com a Europa (euro) e Japão (iene). De qualquer forma, essas transações não devem superar os 30% do total a ser exportado em 2005.

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