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Furlan apresenta proposta para ajudar indústria argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, não discutiram a posição defendida ontem pelo presidente argentino, Néstor Kirchner, de adiar o livre comércio no setor automotivo entre os dois países. Mas o ministro brasileiro apresentou uma proposta que poderá ajudar a indústria argentina. Segundo Furlan, o governo brasileiro poderá alterar as regras de obtenção de financiamento do programa Finame, do BNDES. Atualmente, para que empresas obtenham recursos desses programas, é necessário que provem que o produto fabricado por elas tenha 60% de componentes nacionais. A proposta a ser estudada pelo governo é alterar o termo "conteúdo nacional" por "conteúdo do Mercosul". Com isso, as montadoras no Brasil poderiam adquirir peças fabricadas na Argentina e, ainda assim, manter os financiamentos junto ao Finame. "O que oferecemos como colaboração foi analisar essa proposta, que pode estimular a produção de peças, motores e componentes na Argentina", disse Furlan. Segundo ele, durante o encontro, que durou cerca de duas horas e meia e contou com a participação, também, do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foram discutidos os trabalhos que terão de ser desenvolvidos para integração de cadeias produtivas do Mercosul; a política industrial brasileira; os mecanismos de financiamento e garantias, além da política automotiva. Ao término do encontro, Lavagna entregou a Furlan quatro documentos contendo sugestões sobre mecanismos de desenvolvimento integrado da região, equalização de assimetrias e mecanismos defensivos. Furlan se comprometeu a analisar os documentos para, então, dar uma resposta ao ministro argentino. "Recebemos os dossiês ao final da reunião e nos comprometemos a analisar e dar uma resposta", relatou Furlan. "O ministro Lavagna não pediu respostas imediatas". A questão envolvendo a Petrobrás não foi tratada durante o encontro. Furlan disse que a resposta formal à decisão anunciada ontem pelo presidente Kirchner sobre o setor automotivo deverá ser dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A resposta será dada, possivelmente, pelo presidente. Ministros não respondem a presidentes, a não ser ao seu", disse o ministro brasileiro.

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