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Furlan espera resultado acima da meta para balança comercial neste ano

A meta de superávit comercial para o ano, de U$S 42 bilhões, será superada e poderá chegar aos U$S 44 bilhões ou U$S 45 bilhões, disse Furlan

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira que a meta de superávit comercial para o ano, de U$S 42 bilhões, será superada e poderá chegar aos U$S 44 bilhões ou U$S 45 bilhões. Segundo ele, os meses de julho e agosto surpreenderam e os primeiros dias de setembro também têm mostrado bons resultados. "Nossa perspectiva é de que o superávit vá se aproximando do mesmo do ano passado, apesar do crescimento das importações que vem acontecendo", disse. "Estamos analisando esse assunto entendendo que continua havendo uma grande vitalidade das exportações em alguns setores, mas ao mesmo tempo as importações vão superar U$ 90 bilhões de dólares. Possivelmente vamos nos aproximar de U$ 45 bilhões." Crescimento vai surpreender Questionado sobre se ainda acredita num crescimento do PIB na ordem de 4%, Furlan afirmou que os números do terceiro trimestre vão surpreender. "Eu sempre acredito até os 90 minutos do tempo de jogo. Acho que o terceiro trimestre vai mostrar essa retomada do crescimento e, a partir daí, nós podemos ter um prognóstico mais preciso do PIB de 2006", disse. Ele citou que 9 entre 10 analistas não acreditam nas perspectivas de seu ministério na área de comércio exterior. "E os números às vezes mostram exatamente o oposto. Eu não perdi a esperança para o ano de 2006", finalizou. Conselho Furlan disse que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação de um conselho nacional de desenvolvimento do comércio, nos mesmos moldes do grupo criado para a discussão da indústria. Furlan disse esperar que, mesmo que o projeto de lei demore para ser aprovado no Congresso, o setor já comece a se reunir antes mesmo da regulamentação. "O objetivo é ter um canal adequado de diálogo entre o governo federal e o setor de comércio, para viabilizar medidas que possam facilitar e estimular a produção, o emprego e as vendas, como temos feito com a indústria", comentou. Segundo ele, participariam do conselho ministros da área econômica e lideranças do setor de comércio de todo o País. Sobre a Rodada Doha, o ministro afirmou ser uma alento a reunião do G-20 realizada no último fim de semana no Rio de Janeiro. Segundo ele, a reunião sinaliza que este assunto não vai ficar parado. "Gradualmente, se vão procurando pontos de convergência e também a fixação de uma agenda propositiva e dinâmica para o próximo ano", opinou. Furlan participou nesta segunda-feira do Varejo Total 2006, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na capital paulista.

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