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Furlan mantém otimismo com PIB e superávit comercial

"Vamos aguardar o resultado do terceiro trimestre, que se completa no fim desta semana, e possivelmente vamos ter ainda alento de números melhores", afirmou o ministro do Desenvolvimento

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, manteve nesta segunda-feira o otimismo para o crescimento do PIB, rebaixado de 4,5% para 4% segundo Relatório de Avaliação de receitas e despesas relativas ao quarto bimestre de 2006, e para o superávit da balança comercial, estimado por ele entre US$ 44 bilhões e US$ 45 bilhões. A pesquisa Focus divulgada nesta manhã pelo Banco Central prevê crescimento de 3,09% para 2006 e superávit comercial de US$ 43 bilhões. "Vamos aguardar o resultado do terceiro trimestre, que se completa no fim desta semana, e possivelmente vamos ter ainda alento de números melhores", disse, após participar de almoço com empresários do setor de perfumaria e cosméticos na feira de negócios Cosmoprof Cosmética, realizada no Anhembi, em São Paulo. "O que posso falar é que as empresas que têm contato com o ministério continuam apresentando planos de investimento e de crescimento das vendas para o mercado externo. E a ocupação da indústria no mercado nacional, mesmo com os investimentos que foram feitos nos últimos anos, continua estável, o que é um bom sinal", completou. O ministro não quis comentar o recente escândalo envolvendo o governo Lula e o PT à compra de um suposto dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), mas fez uma brincadeira relacionando a feira às denúncias. "Acho que aqui é um bom lugar para fazer uma reunião porque os odores da política poderiam ser melhorados. Aqui todos os estandes são muito perfumados", afirmou. Estudo Furlan, questionou o estudo apresentado na semana passada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre exportações. Segundo a entidade empresarial, 14 setores exportadores, entre eles a indústria de perfumaria, apontam redução de embarques. No setor de perfumaria, a queda de preços seria da ordem de 10,1%. O diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini, disse que via um "futuro triste" para esse e outros setores da indústria nacional. "Acho que essa pergunta poderia ser direcionada para o João Carlos Basílio da Silva (diretor da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos-Abihpec), porque o setor dele foi incluído, no meu modo de ver, de maneira equivocada entre os setores que estão vendo o mercado internacional negativamente", disse. "Um segmento que dobrou as exportações em três anos e que neste ano vai quebrar a marca de US$ 500 milhões em vendas ao exterior não pode ser considerado um setor não-dinâmico da exportação", completou. Furlan evitou, porém, afirmar que a pesquisa da Fiesp não é confiável. "Acho que há aí um descompasso entre setores empresariais que anunciam alguns números que não estão condizentes com a realidade. É importante que o setor revele seus números ao invés de se falar genericamente", considerou. O ministro teceu elogios ao setor, em sua avaliação, uma área que agrega valor, qualidade, inovação e criatividade. "É só visitar os estandes e ver seus produtos e embalagens", disse. Ele disse ter certeza de que o volume de negócios da feira será superior à edição de 2005. "Entre em qualquer estande e pergunte se o volume de negócios dessa feira é melhor ou pior que anos anteriores. Certamente a resposta vai ser para melhor", afirmou.

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