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Furlan: período de superávit acima de US$ 40 bi terminou

Por Milton da Rocha Filho
Atualização:

Para o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, o período de superávit da balança comercial "acima de US$ 40 bilhões terminou e não é mal para a economia brasileira porque a qualidade da importação ainda está concentrada em componentes, matérias-primas e bens de capital". Ele explicou que isso não é ruim, e trata-se simplesmente de uma reacomodação a um novo patamar, avaliou Furlan, que participou de uma reunião do Comitê Estratégico da Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP). Sob a gestão de Furlan, o País registrou um saldo comercial recorde. Foram US$ 46 bilhões em 2006 e cerca de US$ 150 bilhões acumulados em quatro anos. Já para 2008 a previsão de Furlan é de números muito diferentes. "Se o saldo da balança em 2008 ficar acima de US$ 30 bilhões já será um bom número", anunciou. Para o ex-ministro, a justificativa para o movimento está em velocidades de crescimento desiguais para exportações - na casa dos 15% - e importações - por volta de 30%. Essa discrepância, continua ele, seria responsável por um estreitamento inevitável do saldo da balança. Furlan ressaltou ainda que o Brasil não tem mais necessidade de saldos comerciais elevados. "Neste momento, a locomotiva que puxa a economia brasileira é o mercado interno. Isso é muito saudável, diferentemente do que aconteceu em 2003 e 2004, quando o mercado externo salvou a economia nacional", explica ele.

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