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Furlan reafirma que medidas argentinas não valem até 4a

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje que ouviu do governo argentino a promessa de que a medida que restringe as importações de eletrodomésticos do Brasil não será regulamentada enquanto os dois governos e o setor privado estiverem negociando uma alternativa. Na próxima quarta-feira, em Buenos Aires, representantes dos dois governos vão se reunir para buscar uma solução para o conflito comercial e, em paralelo, representantes do setor privado dos dois países tentarão um acordo. Portanto, segundo o ministro, a garantia de que a medida não entrará em vigor, em princípio, valerá até quarta-feira. "A partir desse momento, o governo argentino vai decidir se aplica de fato a medida ou não", disse Furlan. O tema foi debatido hoje pela manhã pelos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Economia, Roberto Lavagna. Furlan também participou de reuniões e explicou que a proposta do governo argentino é de se discutir uma política estratégica de desenvolvimento para os dois países. Segundo ele, dentro de 15 dias, haverá uma nova reunião em Buenos Aires, na qual negociadores brasileiros vão expor as medidas adotadas pelo Brasil nessa área, como a política industria. O lado argentino apresentará a sua versão. O ministro disse ainda que entregou para Lavagna estudos que mostram que, no caso de fogões, as exportações brasileiras não competiram diretamente com os produtos argentinos, mas sim com os itens de terceiros países. No caso de refrigeradores, os números apresentados por Furlan teriam demonstrado que a perda do mercado argentino pelos produtores locais se deu por causa do fechamento de uma fábrica e que as importações do Brasil supriram a demanda local. Furlan informou ainda que durante as conversas que teve com autoridades argentinas não foi tocado em nenhum momento na proposta de Buenos Aires de criação de um mecanismo emergencial de ajuste no Mercosul, que permitiria a adoção de barreiras imediatas em caso de desníveis de crescimento econômico.

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