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Furlan rebate projeção do FMI sobre crescimento do Brasil

Furlan disse que continua a trabalhar com a estimativa de alta do PIB entre 4% e 5% este ano. FMI prevê 3,5% este ano, abaixo da média mundial de 4,9%, e da América Latina, de 4,3%

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, rebateu a projeção divulgada hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), confirmando estimativa anterior de que a economia brasileira crescerá 3,5% este ano, abaixo da média mundial de 4,9%, e da América Latina, de 4,3%. Furlan disse que continua a trabalhar com a estimativa de alta do PIB entre 4% e 5% este ano, com base em dados mais dinâmicos sobre a economia brasileira, aos quais o FMI praticamente não tem acesso. Para o ministro, os dados referentes ao primeiro trimestre que estão sendo divulgados são bastante promissores e as informações parciais dos setores são muito animadoras. Além disso, ressaltou o ministro, as exportações continuam indo muito bem, e o aumento das importações mostra a vitalidade da economia brasileira. "O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano certamente vai surpreender positivamente os prognósticos realizados na virada do ano", disse. Furlan reiterou que as instituições internacionais trabalham com dados históricos, enquanto o Ministério tem um regime de informações muito mais dinâmico. "Falamos diariamente com vários setores da economia, ressaltou. O ministro exemplificou sua afirmação com dados da indústria de cosméticos e produtos de higiene. Segundo ele, o setor fechou o primeiro trimestre com um aumento de 31% nas exportações. Enquanto no ano passado, as vendas externas destes produtos totalizaram cerca de US$ 400 milhões em 2005, neste ano elas devem superar os US$ 500 milhões. "Este dado certamente não está disponível para o FMI", ressaltou, lembrando que os números dos setores automotivo, de bens de consumo e do varejo, associados ao aumento do emprego formal, indicam uma vitalidade da economia brasileira muito maior do que as projeções realizadas no início do ano.

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