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Furlan revisa para cima meta de exportação para 2006

O valor, que estava em US$ 132 bilhões subiu para US$ 135 bilhões; segundo o ministro do Desenvolvimento, o reajuste leva em conta que o desempenho do último trimestre do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anunciou nesta segunda-feira a revisão da meta de exportações para este ano de US$ 132 bilhões para US$ 135 bilhões. Segundo ele, o reajuste leva em conta que o desempenho do último trimestre do ano terá um ritmo levemente inferior ao terceiro trimestre. O ministro afirmou ainda que revisou de US$ 90 bilhões para US$ 91 bilhões a meta de importações para este ano. Quanto ao superávit comercial, Furlan cravou a meta em US$ 44 bilhões, valor praticamente igual ao registrado no ano passado. Até agora, o governo estimava que o superávit se situaria entre US$ 44 bilhões e US$ 45 bilhões, mas o ministro considerou nesta segunda que o piso é mais possível de ser concretizado. Na avaliação de Furlan, a revisão para cima da meta de exportações é resultado do desempenho muito dinâmico de alguns setores, como material de transportes, motores, caminhões pesados e automóveis. Na área agrícola, o ministro Furlan destacou o papel positivo desempenhado pelas vendas externas de café, açúcar e álcool, suco de laranja e alguns tipos de carnes. O ministro disse ainda que as exportações de petróleo serão US$ 4 bilhões superiores às registradas em 2005. Entre os setores menos influentes na balança, ele ressaltou o incremento das exportações da área de perfumaria e cosméticos que superaram 20% sobre o resultado do ano passado. "Há um conjunto de fatores que continua a dar um bom dinamismo às exportações", afirmou. PIB Furlan manteve a estimativa de 4% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, reiterando, assim, sua concordância com a projeção do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Furlan, ressaltou, no entanto, que a concretização deste número fica cada vez mais dependente do mercado interno. Segundo ele, a continuidade da alta das exportações nos últimos meses deveria ter um efeito positivo sobre o PIB. Porém, ressaltou, esse impacto só vai aparecer quando os números do terceiro trimestre forem calculados oficialmente. Mesmo assim, Furlan reiterou que a estimativa se confirmará, conforme o desempenho do mercado doméstico. Superávit comercial O ministro disse que nos últimos quatro anos todas as metas de comércio exterior assumidas por seu ministério são "entregues" - ou seja, cumpridas. A afirmação foi uma resposta à projeção de superávit comercial de US$ 30 bilhões para 2007, feita no fim da semana passada pelo Banco Central. O número do BC é muito inferior ao saldo estimado para este ano, de US$ 44 bilhões, e aos superávits do ano passado, de US$ 44, 764 bilhões, e de 2004, de US$ 33,662 bilhões. E as metas do ministério, segundo Furlan, são sempre as mais agressivas entre todos os órgãos do governo brasileiro. Essa diferença se explica, de acordo com o ministro, porque o BC analisa a balança comercial dentro de uma metodologia própria, e o ministério trabalha a partir de um sistema online com as "empresas exportadoras que protagonizam o comércio exterior brasileiro." Por enquanto, a pasta não vai divulgar as projeções da balança para 2007 - a estimativa das exportações costuma ser anunciada no início de janeiro. Mas Furlan ressaltou que cada órgão do governo trabalha de forma independente na projeção das estimativas econômicas. Matéria alterada às 16h41 para acréscimo de informações

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