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Furlan tenta amenizar conflito com Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que vai encontrar-se com o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, em Puerto Iguazú, para discutir as restrições aos eletrodomésticos brasileiros. "Nossa conversa será uma conversa sem animosidade", disse. Por via das dúvidas, porém, Furlan encomendou a sua assessoria uma "apreciação técnica" quanto às restrições aplicadas pela Argentina aos televisores fabricados na Zona Franca de Manaus. "A solução ideal é o diálogo; sócios dialogam e buscam o entendimento, sócios não fazem guerra pela mídia, porque isso não constrói nada", disse. Lavagna declarou ontem à imprensa argentina que as restrições já estão em vigor, embora tenha dito a Furlan que elas ainda necessitariam de regulamentação (veja mais informações nos links abaixo). Uma equipe de técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) seguirá para Buenos Aires na próxima quarta-feira para discutir as restrições impostas pelo governo argentino aos eletrodomésticos brasileiros. A informação foi dada pelo ministro Furlan. Panos quentes Depois de participar da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente do México, Vicente Fox, Furlan procurou amenizar o clima de conflito que se instalou entre os dois países. "Por enquanto, a situação está calma", disse. Ele informou que, de sua conversa ontem com Roberto Lavagna, ficou "a oportunidade de estimular as negociações dos setores privados". Segundo Furlan, empresários dos dois países já estavam negociando há algum tempo, e estavam próximos de fechar um acordo nas vendas de fogões e geladeiras. "Vamos escolher um caminho satisfatório para evitar a criação de um contencioso", disse Furlan. O ministro admitiu que, de fato, o volume de exportações de eletrodomésticos do Brasil para a Argentina está crescendo. No entanto, ainda estão abaixo da média registrada em 2001. "Não há nada de extraordinário nisso", afirmou. "O que existe é uma assimetria na velocidade de crescimento da Argentina, que nos dá inveja aos brasileiros, e com o processo de retomada do crescimento brasileiro, que dará oportunidade para maiores exportações argentinas".

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