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Furlan volta a defender diálogo comercial com Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, diminuiu o tom em relação à possibilidade de o Brasil adotar medidas comerciais contra a Argentina, por conta das restrições impostas pelos argentinos contra eletrodomésticos brasileiros, no episódio que ficou conhecido como "guerra das geladeiras". Ele disse que é adepto do diálogo, e não de retaliações, e espera que a reunião bilateral, programada para o início de novembro, seja um avanço em relação às restrições argentinas. Furlan espera que a comissão bilateral, que se reúne a cada 45 dias, apresente os números sobre as vendas brasileiras de eletrodomésticos à Argentina. Ele rebateu informações de um representante argentino no País, de que não são verdadeiras as afirmações brasileiras, segundo as quais os produtos do Brasil estariam perdendo espaço para chilenos e mexicanos no mercado argentino. "O fato concreto é que nenhuma máquina de lavar entrou na Argentina no mês passado. E isso nos preocupa", ressaltou o ministro. Ele lamentou que, por conta das restrições impostas pelos argentinos, as indústrias dos parceiros não podem desfrutar do mercado regional em um período de vendas altas, quando as lojas fazem estoques com isenção de tarifas, como foi desenhado o Mercosul. Furlan disse que gostaria de entrar em 2005 capitalizando o crescimento econômico do Brasil e da Argentina acima de 5% em 2005. Ministro reitera previsão de exportação O ministro reiterou ainda que o Brasil chega aos US$ 100 bilhões de exportações no ano que vem. Além das ações de promoção comercial, realizadas pela Agência de Promoção de Exportações (Apex), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) abriu uma nova frente estratégica para elevar as vendas externas: a contratação de especialistas em mercados específicos. O MDIC já contratou para sua equipe um especialista em Alemanha e outro em Itália. "Agora estou em busca de um especialista em Estados Unidos e assim por diante", afirmou o ministro. Ele ressaltou também que o Brasil acaba de fechar um acordo com Portugal, visando o aumento do comércio bilateral.

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