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Furnas recorre à Justiça para evitar demitir 4.30 terceirizado

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Por Redação
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O presidente de Furnas, Luis Paulo Conde, afirmou que a empresa está recorrendo da decisão do Tribunal Superior do Trabalho que determinou o desligamento dos 4.300 empregados terceirizados da companhia e a imediata contratação dos concursados aprovados em 2004. "O sindicato está discutindo essa questão, nós vamos ter uma proposta conciliatória, vamos sugerir um prazo de seis anos (para a transição), o sindicato trabalha com 12 anos...são 4.300 terceirizados e não se pode parar de gerar energia no Brasil", disse a jornalistas durante evento na sede da companhia. A assessoria da empresa informou que o recurso está sendo impetrado na Justiça do Trabalho, em Brasília. O presidente de Furnas confirmou a participação da companhia no leilão da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, programado para 12 de maio, em parceria com a construtora Norberto Odebrecht. Conde afirmou que a exemplo do que ocorreu no primeiro leilão, da usina de Santo Antônio, também no rio Madeira, onde o consórcio saiu vitorioso, pretende apresentar uma oferta de baixo valor. "As usinas hidrelétricas ganham muito, têm retorno de 16, 17 por cento, sou favorável a uma diminuição...sempre, (vamos oferecer um preço baixo) porque na minha cabeça temos que baixar o preço da energia no Brasil para viabilizar o crescimento de 5 por cento nos próximos anos", afirmou. O executivo anunciou ainda que está em negociações com a Petrobras para construção de uma usina térmica em São Gonçalo, perto com Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), projeto da estatal do petróleo. Furnas negocia com a Petrobras a cessão de um terreno por onde passará um gasoduto da estatal e, em contrapartida, teria fornecimento de gás natural para abastecer a térmica. Furnas também participaria da construção de um porto na região, para escoar a produção do Comperj e das indústrias que devem se instalar perto do complexo petroquímico. Presente também no evento, o diretor de Operações de Furnas, Fábio Resende, disse que a empresa está discutindo com a Eletronuclear e com o governo o fim da comercialização da energia das usinas de Angra 1 e 2, que estariam dando prejuízo à geradora. Segundo Resende, Furnas compra a energia das usinas por cerca de 120 reais o megawatt, enquanto o megawatt comercializado nos leilões de energia do governo estão em torno de 70 reais. "Estamos tendo um prejuízo de centenas de milhões de reais", disse o executivo. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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