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Fusões e crise devem elevar investimento de bancos em TI em 2009

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Por Redação
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A recente guinada na consolidação bancária e a ênfase em ganho de eficiência para cortar custos, em função da crise, farão os bancos brasileiros ampliarem investimentos em tecnologia em 2009, diz a Febraban. "Já houve um crescimento de cerca de 20 por cento nos gastos do setor com TI no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado", disse a jornalistas Gustavo Roxo, diretor de tecnologia e automação bancária da entidade, após apresentar os dados do setor referentes ao ano passado. Em 2008, os gastos com tecnologia consumiram 16,2 bilhões de reais dos bancos de varejo no Brasil, um crescimento de 9 por cento em relação ao anterior, segundo a Febraban. "Tudo leva a crer que o ritmo de crescimento será ainda maior em 2009", afirmou o executivo. Boa parte do incremento, explicou, é gerado por bancos que se fundiram recentemente, caso de Itaú e Unibanco, em novembro, e do Banco do Brasil, que comprou a Nossa Caixa, também em novembro, e metade do Banco Votorantim, em janeiro deste ano. Em outra frente, a desaceleração das receitas dos bancos por causa da crise, que os levou a ampliar o foco em redução de custos, está provocando um aumento do dispêndio com tecnologia, em vez de queda. "Os bancos estão enxergando esse cenário como uma alavanca para aumentar a eficiência. E a melhor maneira de fazer isso é com a tecnologia", disse Roxo. De acordo com o profissional, a fatia dos gastos correspondente a investimentos, de 40 por cento do total em 2008, deve crescer nos próximos anos, seguindo a tendência de mercados maduros, onde esse percentual chega a 70 por cento. "É uma consequência do aumento do uso dos canais eletrônicos para as transações bancárias, que incentiva os bancos a oferecerem mais soluções tecnológicas", disse Roxo. Em 2008, 90 por cento das operações bancárias foram realizadas por canais eletrônicos, incluindo o auto-atendimento e o internet banking. No ano 2000, esse percentual era de 80 por cento. Enquanto isso, o uso de call center e dos cheques manteve no ano passado a tendência declinante, com quedas de 3,3 por cento e de 8,9 por cento respectivamente, ante 2007. (Reportagem de Aluísio Alves)

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