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G-7 alerta para o aumento das expectativas inflacionárias

Alta dos preços, principalmente nos Estados Unidos, é vista como um risco chave à economia mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

O G-7 elevou seu alerta sobre os efeitos do aumento das expectativas inflacionárias "em algumas economias", que podem forçar a maiores altas dos interesses, neste sábado. O comunicado foi feito depois que o FMI também indicou tal crescimento. Depois da reunião em Cingapura, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, países que integram o grupo, mantiveram o comunicado, o tom e as palavras de grande parte das declarações feitas em abril, no último encontro do grupo, em Washington. Entretanto, o grupo mudou a linguagem em relação às expectativas da inflação, que agora acredita estar em elevação. Enquanto isso, no comunicado de abril, o G-7 havia apontado que "a inflação continua controlada, apesar dos altos preços do petróleo". Com o alerta deste sábado, o G-7 uniu-se ao FMI, que apontou a alta dos preços, principalmente nos Estados Unidos, como um risco chave à economia mundial, já que poderia resultar em ajustes adicionais aos interesses que sufocam o crescimento. Jean-Claude Trichet, chefe do Banco Central Europeu, resumiu o consenso ao qual chegaram os participantes do encontro, "o sentimento geral que compartilhamos é que temos que ter cuidado em relação às expectativas inflacionárias". Trichet afirmou que os participantes da reunião concordavam em relação à importância de controlar as perspectivas dos mercados sobre o aumento dos preços. "Vamos seguir observando os acontecimentos", prometeu. Mercado energético O G-7 advertiu mais uma vez sobre um mercado energético "justo e volátil", como tinha feito depois da reunião de abril. Na opinião do grupo, os altos preços do petróleo se devem tanto ao aumento da demanda como a "preocupação sobre os abastecimentos atuais e futuros". A possível "propagação de tendências protecionistas" é outro perigo citado pelo G-7, depois da demora nas negociações na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). O grupo pediu "vontade política e flexibilidade" para alcançar um acordo "amplo" nas negociações. O grupo também constatou que o crescimento mundial está mais equilibrado, graças ao aumento na União Européia, Reino Unido, Japão e nos mercados emergentes, que compensam a desaceleração nos Estados Unidos.

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