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G-7 mostra preocupação com forte flutuação de moedas

Por Patrícia Fortunato
Atualização:

O grupo dos sete países mais ricos do mundo (G-7) alertou hoje, em comunicado, sobre o impacto de fortes oscilações nas principais moedas do mundo em uma economia global já vulnerável. Em documento divulgado após encontro de líderes do G-7 com presidentes de bancos centrais, o grupo diz que desde seu último encontro "houve momentos de fortes flutuações para as principais moedas". O grupo também afirma estar "preocupado com as possíveis implicações destas variações na economia. Continuamos monitorando o mercado de câmbio atentamente, e cooperando como apropriado", segundo o texto. Ontem, o euro atingiu a máxima histórica de US$ 1,5915, embora não tenha se sustentado neste patamar - no final desta sexta-feira, em Nova York, o euro valia US$ 1,5826. O dólar também caiu fortemente ante o iene desde a eclosão da crise global de crédito, que levou as autoridades monetárias norte-americanas a afrouxarem os juros. A linguagem nos mercados de câmbio teve a maior mudança dos últimos anos e foi muito além do usual chamado para que as moedas refletissem os fundamentos econômicos e evitassem volatilidade excessiva. Além das considerações relativas aos movimentos cambiais, o comunicado do G-7 também manifesta apoio a um plano para fortalecer a economia global, uma vez que os membros do grupo concordam que as perspectivas de curto prazo se enfraqueceram. Para os membros do G-7, a economia global está em um momento difícil e os riscos de adversidades persistem, na esteira dos elevados preços de energia, do estresse nos mercados financeiros e da atual fraqueza no setor imobiliário nos EUA. Embora os mercados emergentes venham apresentando bom desempenho, nenhum país está imune às forças globais, afirma o grupo dos sete países mais ricos do mundo. No comunicado, o G-7 saúda o recente aumento de flexibilidade do yuan, a moeda chinesa, mas diz que "em virtude do atual aumento do superávit em conta corrente e da alta da inflação, encorajamos a aceleração da apreciação da taxa efetiva de câmbio". As informações são da Dow Jones.

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