Publicidade

G20 apóia reforma no sistema de representação do FMI

As economias asiáticas buscaram neste final de semana um maior peso dentro do FMI, um objetivo refletido no documento final da reunião.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os 20 países mais desenvolvidos do mundo coincidiram na necessidade de uma reforma no sistema de representação dos membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante sua sétima reunião, que terminou hoje em Xianghe (China). As economias asiáticas buscaram neste final de semana um maior peso dentro do FMI, um objetivo refletido no documento final da reunião, no qual há uma declaração sobre a reforma das instituições de Bretton Woods (FMI e o Banco Mundial - BM). A rápida emergência de algumas economias e a integração dos países industrializados devem ser refletidas "nas cotas e na representação" do FMI e do BM, o que deverá ser alcançado concretamente na próxima reunião de ambas as instituições em Cingapura (setembro de 2006). "Há um consenso geral quanto a uma questão de legitimidade da instituição, e é uma necessidade que se deve enfrentar no futuro. Alguns ministros assinalaram a reunião anual em Cingapura e acho que é uma boa data", antecipou Rodrigo Rato, diretor-gerente do FMI antes do fim da reunião. Polêmica O assunto causou polêmica durante o fim de semana, já que o G20 inclui aos sete países mais industrializados do mundo, como EUA e Japão, e os mais importantes em vias de desenvolvimento, como Brasil, China e Indonésia. Além de melhorar a eficiência da cooperação entre ambas instituições, a declaração indica que a seleção dos diretores do FMI "deve ser baseada no mérito e assegurar uma ampla representação de todos os países-membros". A China exerce neste ano a Presidência rotativa do G20, motivo pelo qual a reunião do grupo aconteceu em Xianghe, a 52 quilômetros ao sudeste de Pequim, na província de Hebei (nordeste). As instituições de Bretton Woods "devem reajustar suas operações a tempo para fazer frente às necessidades mutáveis de seus membros", destaca a declaração de hoje.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.