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Gabrielli: PIB do País não será afetado por falta de gás

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, assegurou hoje que os contratos existentes de compra de gás pelas termelétricas e distribuidoras serão "totalmente honrados". Gabrielli também garantiu que "o crescimento do Brasil não vai ser afetado por falta de gás". Segundo ele, os investimentos que estão sendo feitos pela Petrobras no setor são suficientes para expandir a produção nacional. O presidente da Petrobras disse que em 2008 a empresa espera aumentar em 40 milhões de metros cúbicos diários a produção nacional de gás, principalmente com a exploração da bacia do Espírito Santo. Gabrielli negou que a relação entre a oferta e demanda de gás no Brasil seja muito apertada. "Não é que o cobertor seja curto. A questão é que esse mercado exige contratos. Se você não tiver contrato, não vai encontrar gás na prateleira do supermercado", disse. Segundo ele, as distribuidoras de gás nos Estados precisam fazer contratos para definir qual a quantidade firme de gás que necessitam e qual quantidade pode ser flexibilizada. "Cabe às distribuidoras definir onde elas podem ajustar (o consumo) e qual a prioridade de ajuste que elas têm. Isso é um problema das distribuidoras e não da Petrobras", afirmou. O presidente da Petrobras avaliou que a decisão da distribuidora de gás do Rio de Janeiro, a CEG, de cortar parte do abastecimento de gás natural veicular na semana passada foi "uma decisão política". "A empresa tinha alternativas para cortar em outros lugares". Gabrielli repetiu que todas as distribuidoras de gás estavam conscientes de que, se houvesse necessidade, o gás adicional que elas estavam recebendo seria reduzido. Questionado se a Petrobras poderia aumentar o preço do gás para reduzir o consumo, Gabrielli respondeu apenas que o preço do combustível é contratual. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, ressaltou que os preços do gás já vêm sendo reajustados. "Vai ter que ter um equilíbrio, uma realidade de tarifas", disse.

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