Com entusiasmo, o diretor-geral da Galp Energia - subsidiária da portuguesa Petrogal -, Ricardo Peixoto, afirmou hoje que "chegou a hora de colher os resultados dos investimentos feitos no pré-sal", área muito profunda no litoral brasileiro, entre o Espírito Santo e Santa Catarina, de grande potencial de reservas de petróleo e gás. A Galp participa com pequenas porcentagens de quatro dos principais blocos localizados no pré-sal na Bacia de Santos, entre eles o campo de Tupi, do qual possui 10%. Segundo o executivo, a Galp investiu até hoje US$ 170 milhões no Brasil - "um investimento ínfimo perto do que esperamos ter em rentabilidade". Ele destacou o fato de que o preço das ações da empresa, que era de 5 euros na época da oferta pública inicial (IPO) em outubro, passou para 20 euros no final do ano, após a revelação das descobertas em Tupi. A Galp também possui 10% do BM-S-8, prospecto chamado Bem-te-vi, e 20% no BM-S-24, a área chamada Júpiter, em que a operadora Petrobras já revelou ter encontrado enormes reservas de gás natural. E tem ainda 20% do BM-S-21, também em parceria com a Petrobras, que já teve uma descoberta anunciada antes de Tupi no ano passado e foi batizada de Caramba. "Pela expressão que utilizamos para nomear o que verificamos existir nesse bloco a partir das pesquisas e estudos que fizemos, já dá para imaginar o que há por lá", comentou, em palestra proferida no Fórum Brasil Portugal, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).