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Galpão industrial alia refrigeração à sustentabilidade

Empreendimento com selo verde reduziu em mais de 70% o consumo de água com reaproveitamento de recursos

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Por Redação
Atualização:

Com o desafio de dar eficiência a um galpão industrial que opera a até 30 graus Celsius negativos, a Bresco inovou no reaproveitamento de recursos e nas soluções de resfriamento, o que rendeu ao complexo Bresco BRF Londrina o Master Imobiliário na categoria Built to Suit. A empresa atua na aquisição, desenvolvimento e construção de propriedades por meio dos modelos de built to suit, sale-leaseback e no desenvolvimento de propriedades especulativas para locação.

Centro de distribuição foi erguido em 14 mesespara a BRF em Londrina. Foto: Bresco

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Certificado pelo selo LEED, o centro de distribuição foi construído em 14 meses para ser um polo logístico de mercadorias da BRF, com mais de 23 mil m². O galpão tem pé-direito de 12,80 metros e foi reconhecido internacionalmente pela planicidade e pelo nivelamento do seu piso, que suporta até 6 toneladas por metro quadrado. O empreendimento tem capacidade para 123 mil toneladas de produtos e conta com 30 docas para veículos frigoríficos.

De acordo com o diretor de operações da Bresco, Carlos Sisti, foi adotado no imóvel um sistema de refrigeração indireto, com reduzida utilização de amônia. Tóxica, a substância é adotada apenas para fazer as trocas de calor no sistema, e outro fluido é utilizado para distribuir a refrigeração pelos ambientes. 

O calor proveniente do resfriamento do óleo de compressores é utilizado para fazer o degelo de alguns equipamentos, para reaquecer o ar na antecâmara e para aquecer o piso da câmara de congelados. “É um sistema circular, moderno e inovador”, diz.

Além disso, o galpão tem uma estrutura no seu telhado para captar a chuva, que é utilizada na reposição de água de condensadores – a estimativa é de que, com essa solução, a BRF deixe de consumir 8,7 mil m³ de recursos hídricos por ano. 

A economia de água também pode ser verificada no paisagismo do complexo, que adotou espécies vegetais adaptadas ao clima de Londrina, dispensando a irrigação. 

“O projeto reduziu em mais de 70% o consumo de água potável (em relação à base estipulada pelo certificador do selo verde)”, diz Sisti. Mais desafiadora, a redução do consumo de energia elétrica alcançada foi de cerca de 20%. A economia deve-se à eficiência do sistema de ar-condicionado, das luminárias e do sistema de refrigeração. 

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O galpão possui ainda um sistema de aquecimento solar para a água destinada aos chuveiros dos vestiários.

Manutenção

A maior facilidade de manutenção é outro fator diferencial. Sisti explica que a decisão de instalar alguns equipamentos de refrigeração mais próximo do piso prescinde o uso de escadas para consertos ou ajustes.

O sistema de combate a incêndios também evita acidentes e interrupções na operação. A distribuição de linhas de sprinklers foi feita no teto do galpão, e não em prateleiras, que usualmente deixam o sistema mais suscetível a danos. 

Além disso, as tubulações são preenchidas com gás, e o bombeamento de água é acionada por sensores apenas em caso de necessidade. / G.C.S

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