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Gás para comércio e indústria sobe pela 3ª vez no ano

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O superintendente-executivo do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, informou hoje que a Petrobras comunicou a seus clientes um reajuste de 6% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) a partir de amanhã para venda a granel ou em botijões maiores do que o de 13 quilos (grandes consumidores). É o terceiro reajuste do ano - em janeiro, a alta foi de 15% e, em abril, de 10%. "Ficamos surpresos com esse novo reajuste, que acentua uma distorção no mercado", afirmou Bandeira de Mello. Ele se refere à diferença entre os preços de venda do mesmo produto para pequenos e grandes consumidores, que já chega a 50%. O gás de cozinha em botijões de 13 quilos, vendido a residências, não é reajustado desde dezembro de 2002. Já o produto a granel para grandes consumidores, ou em botijões de 45 e 90 quilos, passou este ano a acompanhar a escalada dos preços do petróleo no mercado internacional. Esse produto é voltado para grandes condomínios, comércio e indústrias. Segundo o Sindigás, a diferença de preços abre espaço para fraudes no setor, uma vez que é de responsabilidade de distribuidora definir como vai envasar o gás que compra da Petrobras. "Pode ser que algumas empresas digam que vão envasar em botijões de 13 quilos e passem a vender o produto mais barato a granel, aproveitando o prêmio de 50%", diz Bandeira de Mello. Ele afirmou ainda que há o risco de grandes condomínios trocarem botijões de maior porte por baterias de botijões de 13 quilos, o que cria risco de explosão.

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