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Gás: uma alternativa à gasolina

Até 2005, um milhão de carros movidos a gás natural devem circular pelo País. Há duas vantagens nessa opção: menor preço e menos poluição.

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de veículos movidos a gás natural (GNV) no País deve chegar a um milhão até 2005. É essa a expectativa das distribuidoras, baseada no aumento constante da quantidade de carros que usam GNV. Hoje, já são 200 mil - e a frota nacional é de 25 milhões. Até pouco tempo atrás, o GNV era usado apenas em frotas de táxis, empresas e ônibus. Ultimamente, cresceu o número de veículos particulares movidos por esse tipo de combustível. Isso porque o GNV está sendo visto como uma alternativa ao alto preço da gasolina e do álcool. Estima-se que 50 mil carros circulem com gás natural no Estado. "Está surgindo um novo tipo de cliente para o gás natural. São aquelas pessoas que rodam muito com o carro ou trabalham em cidades distantes, por exemplo", diz o gerente de marketing da Comgás, Eugênio Pierrobon Neto, responsável pela implantação de postos. O gerente nacional de GNV da BR Distribuidora (a maior do País), Clenardo Fonseca, diz que o mercado tem acompanhado a expansão dos gasodutos pelo Brasil. As vantagens de instalar o sistema de GVN no carro, segundo eles, são muitas. Pierrobon Neto cita, além da menor emissão de poluentes, a economia. "Com relação ao combustível tradicional, fica entre 60% a 70% mais barato". Em São Paulo, o litro da gasolina custa, em média, R$ 1,75, e o metro cúbico do gás custa R$ 0,70. E, com um metro cúbico de GNV, é possível rodar quase a mesma distância que se roda com um litro de gasolina. Conversão está entre R$ 2 mil a R$ 3 mil O preço alto do equipamento e a pouca quantidade de postos de abastecimento, porém, são as principais explicações para o fato de ainda serem poucos os usuários de GNP no País. Segundo Pierrobon Neto, para converter o tanque de um carro gasta-se de R$ 2 mil a R$ 3 mil. "Isso acaba afastando o motoristas, porque, se a pessoa não roda muito com o carro, demora para ter retorno". Fonseca, da BR, tem a mesma opinião: "Só quem roda muito com o carro sabe que é viável o investimento". Para Fonseca, porém, a situação deve mudar logo. Ele estima que, até 2005, serão um milhão de usuários de GNV no Brasil. "É ainda um número modesto, se pensarmos que, na Argentina, por exemplo, 10% da frota é movida a gás". As boas expectativas já contam com um fator para possibilitar sua realização. O número de postos, que até há poucos meses era reduzido - o que acabava fazendo com que quem quisesse abastecer tivesse de enfrentar filas enormes - aumentou muito nos últimos meses. Nos postos de SP, não há mais filas Hoje, é possível ir de São Paulo até o Rio de Janeiro sem ter problemas de abastecimento. "Hoje, existem em São Paulo 60 postos de abastecimento, três vezes mais do que no começo de 2001. Não há mais fila", garante Pierrobon Neto. Em todo o País, existem, hoje, 300 postos de abastecimento. A estimativa de Fonseca é a de que até 2005 existam mil postos em território nacional. "Onde o sistema é oferecido, há grande aceitação".

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