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Gasolina em SP sobe mais que o previsto

Na capital paulista, o preço do litro de gasolina teve um reajuste maior do que o governo esperava. Para o consumidor, era esperado um aumento de 3,11%. No entanto, na média, o preço da gasolina aumentou 4,48% em 24 postos visitados.

Por Agencia Estado
Atualização:

O aumento do preço do litro da gasolina na cidade de São Paulo foi maior do que o esperado pelo governo. Esperava-se que, para o consumidor, esse reajuste fosse de 3,11%. No entanto, na média, o preço da gasolina aumentou 4,48% nos 24 postos visitados pelo Jornal da Tarde. O maior aumento foi de 7,6%, no Posto de Serviços Leste Oeste Ltda, zona leste. E o menor repasse foi de 2,4%, no Auto Posto 1090, zona norte. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, o motivo do aumento nos postos ter sido maior foi que as distribuidoras também subiram o preço acima do esperado. Na sexta-feira passada, o governo autorizou um reajuste de 4,08% nos preços dos combustíveis. Hoje, o preço é tabelado apenas nas refinarias. No restante da cadeia, o preço é livre, o governo apenas sugere quanto deve ser aumentado. Média de preços Gouveia afirma que os postos do Estado de São Paulo aumentaram a gasolina em porcentagem menor do que o aumento das distribuidoras. Ele diz que, em todos os postos do Estado, a média de reajuste foi de 4,07%. Na capital 3,62% e no interior, 4,52%. Segundo ele, as distribuidoras aumentaram, em média, 4,13%. O Sincopetro informa que a distribuidora Shell foi a que repassou o maior valor, 4,48%, enquanto a Petrobrás repassou o menor, de 3,41%. A Texaco reajustou em 4,05% e a Esso 4%. Gouveia estima que a gasolina deve custar em média R$ 1,80 nos postos da capital. Nos postos visitados pela reportagem, o litro da gasolina comum mais barato encontrado foi no Auto Posto Palácio, zona sul, vendido a R$ 1,599. O mais caro no Auto Posto Baronesa, zona oeste, R$ 1,859. O presidente do Sincopetro considera "absurda" a estratégia do governo de divulgar uma estimativa de preços do combustível nas distribuidoras e na bomba. "A companhia aumenta os preços e não tem controle do quanto a distribuidora vai repassar para os postos. Depois, o consumidor reclama que são os postos que aumentam o preço do combustível abusivamente". A Agência Nacional do Petróleo (ANP) explica que o preço do petróleo é tabelado apenas para as refinarias. Por isso, o órgão não pode classificar como abusivo o aumento repassado tanto das distribuidoras quanto dos postos. A ANP diz que não há uma regra a ser seguida, pois os preços praticados pelas distribuidoras e postos são livres, ou seja, não há nada de errado no reajuste de preços. A Associação coloca à disposição dos consumidores uma pesquisa de preços feita em postos de todo o Brasil (veja link abaixo).

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