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Gasolina mais cara com cartão de crédito

Pelo fato de não considerarem o pagamento com o cartão de crédito como sendo à vista, já que as administradoras pagam a fatura após o prazo de 30 dias, os postos querem cobrar mais caro para quem utilizar o dinheiro de plástico.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os proprietários de postos de gasolina resolveram boicotar o uso de cartão de crédito. A partir de hoje, uma determinação do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) pede para que os postos deixem de aceitar cartão. Eles querem que o governo autorize a venda de combustível por preço mais alto no caso de pagamento com cartão de crédito, uma prática que tem sido comum nesses estabelecimentos e que é proibida por lei. Os donos de postos reclamam das taxas de administração, que giram em torno de 3% a 5% por transação, e da espera de até 50 dias para receber o valor da fatura. Segundo eles, as taxas das operadoras no País são as maiores do mundo. Revendedores de outros países pagam 0,75% de taxa e recebem em até 72 horas. A Federação do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis) afirma que metade do lucro líquido dos postos ficam retidos nas administradoras. A Fecombustíveis admite que na cidade de São Paulo alguns postos já cobram um valor pelo combustível pago à vista e outro pago com cartão, sendo que a compra com o dinheiro de plástico deveria ser considerada à vista. No entanto, a Federação justifica essa prática pelo fato de que a lei considera como pagamento à vista aquele feito no prazo de um mês. Como as administradoras não fazem o ressarcimento neste prazo, os postos que cobram mais caro pelo combustível pago com cartão estariam dentro da lei. A Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito (Abecc) informou que ainda não recebeu nenhuma notificação sobre as reivindicações dos proprietários de postos de gasolina. Hoje, no País, 82% dos postos, aceitam cartão. A compra de combustível com o dinheiro de plástico é responsável por 70% das vendas nos postos de gasolina de São Paulo e 41% no Brasil.

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