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Gasto com aluguel de equipamento cresce 5%

Puxada pela Petrobrás, despesa no ano atinge US$ 2,5 bi

Por Fabio Graner , Fernando Nakagawa e Lu Aiko Otta
Atualização:

A economia aquecida tem feito crescer as despesas internacionais do Brasil com aluguel de equipamentos. Em maio, a despesa aumentou 13,8% em relação a igual período do ano passado e somou US$ 568 milhões. No acumulado de janeiro a maio, a conta com aluguel de equipamentos cresceu 5,3% e totalizou US$ 2,469 bilhões. Entenda os números das contas externas do País Nessa despesa, a Petrobrás é dona de uma das maiores contas mensais. A estatal paga por algumas plataformas de perfuração de poços marítimos, cujo aluguel diário varia de US$ 240 mil a US$ 340 mil. Assim, mensalmente cada equipamento desses representa um gasto entre US$ 7,2 milhões e US$ 10,2 milhões. A cifra oscila conforme a profundidade de perfuração e do prazo do contrato com os proprietários. O déficit poderia ser ainda maior se houvesse mais equipamentos disponíveis. Em entrevista ao Estado há duas semanas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que uma das razões pelas quais o governo não licita novas áreas de exploração de petróleo é a falta de máquinas para alugar. O déficit na conta de aluguel de equipamentos se aproxima de outro que não pára de crescer: o da conta de viagens internacionais. O dólar baixo e o aumento da renda têm levado um número cada vez maior de brasileiros para o exterior. Em maio, a conta turismo teve déficit de US$ 585 milhões, o que significa que o gasto de turistas brasileiros no exterior foi maior que a receita obtida com os viajantes estrangeiros que visitaram o Brasil no mês passado. O resultado é 113,2% maior que o registrado em igual período do ano passado. No acumulado do ano, o rombo do turismo saltou 185% e já soma US$ 2,014 bilhões. O Banco Central elevou ontem de US$ 4 bilhões para US$ 5 bilhões a estimativa de déficit na conta de turismo este ano. Entre as demais despesas do Brasil no exterior, o gasto com seguros aumentou 11,9% no mês, para US$ 27 milhões. No ano, o crescimento é 78% e o gasto já soma US$ 385 milhões. O pagamento pelo uso de marcas e tecnologias estrangeiras aumentou 14,3% no mês, atingindo US$ 214 milhões. No acumulado de janeiro a maio, o volume aumentou 40,7% e chegando exatamente a US$ 1 bilhão.

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