BRASÍLIA - Sob os efeitos da pandemia do coronavírus, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 267 milhões em julho, tradicional mês de férias escolares. O resultado foi divulgado nesta terça-feira, 25, pelo Banco Central.
Na comparação com o mesmo mês de 2019, quando as despesas lá fora totalizaram US$ 1,524 bilhão, a queda foi de 86%. Esse também foi o menor valor para o mês de julho desde 2004.
Com o dólar mais caro e a restrição de voos em vários países, os gastos líquidos dos brasileiros no exterior despencaram 90,23% em julho deste ano. Vale lembrar que a pandemia ganhou força a partir de março, quando se intensificaram as restrições de deslocamento entre países. No dia 24 de maio, os Estados Unidos anunciaram a proibição de entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil.
No acumulado de janeiro a julho deste ano, segundo o Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 3,840 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2019, quando as despesas no exterior totalizaram US$ 10,705 bilhões, a queda foi de 64%.
De acordo com dados do BC, em julho deste ano os estrangeiros gastaram US$ 140 milhões no Brasil, com forte queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (US$ 598 milhões).
Nos sete primeiros meses de 2020, as despesas de estrangeiros no Brasil somaram US$ 2,072 bilhões, com recuo frente ao mesmo período do ano passado - quando totalizaram US$ 3,674 bilhões.
Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.