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Gastos com educação puxam alta da inflação em fevereiro

Segundo IBGE, alta é sazonal e não há espaço para aumento de preços devido à desaceleração econômica

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Por Redação
Atualização:

O IPCA - índice de inflação oficial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - subiu 0,55% em fevereiro após alta de 0,48% em janeiro. Segundo o IBGE, os gastos com educação foram os que mais pesaram para a aceleração do índice. Gastos com escolas subiram 4,77% e contribuíram com 0,33 ponto percentual do índice. Fevereiro é o mês de volta às aulas, quando o IBGE contabiliza o reajuste das mensalidades. Veja também: Entenda os principais índices Queda dos produtos agrícolas leva IGP-M a deflação de 0,45% A taxa de 0,55% é a maior desde junho de 2008, segundo destacou a coordenadora de índices de preçoos do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. No entanto, a alta é sazonal e muito concentrada no grupo Educação, que respondeu sozinho por mais da metade da taxa. "Nos demais grupos, ha desaceleração na maior parte, tudo o mais aponta para baixo", disse.  Os produtos alimentícios subiram menos. A alta foi de 0,27% em fevereiro, ante 0,75% em janeiro. Os não alimentícios, por sua vez, subiram 0,63% no mês passado, contra 0,40% do mês anterior. Eulina disse que a demanda doméstica "mais contida" está ajudando a desacelerar a inflação de vários produtos. "A demanda esta puxando alguns preços para baixo, porque o País esta enfrentando um período difícil, há menor oferta de crédito e o consumo começa a ficar mais escasso, não há muito espaço para aumento de preços", disse.  A economista do IBGE citou como exemplo do efeito da demanda sobre os preços, em fevereiro, a deflação no grupo Vestuário (-0,24%) e a desaceleração na alta nos alimentos. Ela sublinhou que houve queda de preços em alimentos importantes nas despesas das famílias, como tomate (-11,12%), feijão carioca (-3,35%), carnes (-2,14%), frango (-1,74%), frutas (-0,84%), arroz (-0,82%) e pão francês (-0,51%). A inflação oficial acumula alta de 1,03% no ano e 5,9% em 12 meses. Os números ficaram dentro das previsões de economistas ouvidos pela Agência Estado ( de 0,45% a 0,57%).

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