16 de março de 2009 | 08h03
O valor de gastos diários com o PAC em 2009 está em R$ 17,3 milhões, pouco mais da metade da média diária de R$ 31,1 milhões de 2008. "Se o ritmo atual for mantido ao longo do ano, os investimento do PAC serão 45% menores do que os de 2009", diz o economista José Roberto Afonso, especialista em contas públicas da José Roberto Afonso & Colaboradores. Na verdade, os gastos do PAC no Orçamento no ano - estritamente considerados - foram de apenas R$ 155 milhões, ou 0,8% do total. Afonso explica, porém, que outros R$ 1,07 bilhão do PAC já foram investidos em 2009 na rubrica "restos a pagar" de 2008. A soma, portanto, é de R$ 1,23 bilhão.
Afonso, que já colaborou com os tucanos, fez esses cálculos com base nos números do site Contas Abertas, dedicado às contas públicas. O economista observa que a economia brasileira produz algo como R$ 8,2 bilhões por dia, o que poderia ser visto como um "PIB diário". O valor do PAC executado até agora, nota Afonso, corresponde a apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) esperado para o período até 12 de março. Isso significa que o efeito anticíclico (isto é, de se contrapor à recessão) dos investimentos do PAC até agora é mínimo - a política anticíclica típica geralmente significa aumentar o investimento público em alguns pontos porcentuais do PIB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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