Os gastos pessoais cresceram 0,8 por cento nos Estados Unidos em maio, superando as previsões por conta do programa de estímulo econômico do governo, mostraram dados do governo nesta sexta-feira. Os gastos pessoais, um termômetro do comportamento dos consumidores em meio à desaceleração econômica norte-americana, haviam subido 0,4 por cento no mês anterior. A previsão de analistas ouvidos pela Reuters era de alta de 0,6 por cento. Em maio, os consumidores receberam um estímulo fiscal de 48 bilhões de dólares do governo norte-americano. O Departamento de Comércio afirmou ainda que a renda pessoal cresceu 1,9 por cento, maior alta desde setembro de 2005, após alta de 0,3 por cento em março. A renda disponível saltou 5,7 por cento em maio, maior alta desde maio de 1975, graças principalmente à restituição de impostos. O Departamento de Comércio afirmou que, sem o estímulo, a alta seria de apenas 0,4 por cento. Os norte-americanos também economizaram muito mais, com alta de 5 por cento da taxa de poupança pessoal. Em taxa anualizada, são 555,7 bilhões de dólares, maior nível desde o início da série histórica, em 1959. A Lei de Estímulo Econômico, aprovada como medida de emergência contra a possibilidade de que a crise imobiliária levasse o país à recessão, vai disponibilizar 106,7 bilhões de dólares aos consumidores norte-americanos este ano. A maior parte do dinheiro foi entregue a partir do final de abril e vai começar a diminuir até o final de julho. O índice geral de preços em gastos pessoais de consumo subiu 0,4 por cento em maio, após aumento de 0,2 por cento no mês anterior. Excluindo os voláteis preços de energia e alimentos, o núcleo do índice --medida de inflação preferida do Federal Reserve-- teve alta de 0,1 por cento. A previsão dos analistas, após alta de 0,1 por cento em abril, era de avanço de 0,2 por cento. (Reportagem de Alister Bull)