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Gerdau quer elevar margem bruta no Brasil para até 22%

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Por Redação
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A Gerdau quer elevar sua margem bruta no Brasil para a faixa de 20 a 22 por cento nos próximos anos, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo da maior produtora de aços longos das Américas, André Gerdau Johannpeter. "Existe uma determinação para subir a margem normalizada no Brasil para acima de 20 por cento, em 21 ou 22 por cento", disse o executivo em encontro com analistas e investidores. Segundo ele, a entrada em operação de um laminador da unidade Açominas deve contribuir de "forma importante" para elevar a margem bruta no país. "Voltar às margens de 28 e 29 por cento é muito difícil no Brasil, dentro do quadro de competitividade", afirmou ele, citando a elevada carga tributária e um ambiente de custos altos de produção e de força de trabalho. De julho a setembro, a Gerdau teve margem bruta de 20 por cento no Brasil, acima dos 16 por cento do trimestre anterior e dos 17 por cento um ano antes. No acumulado de 2012 até setembro, a margem bruta da operação no país é de 17 por cento, a mesma vista em igual intervalo do ano passado. A margem bruta nacional é bastante superior à obtida em outras regiões. Na América do Norte, ela ficou em 7 por cento no terceiro trimestre, enquanto na América Latina, excluindo Brasil, foi de 4 por cento. As ações preferenciais da Gerdau subiam 0,55 por cento às 12h59, a 18,23 reais. O Ibovespa tinha alta de 0,36 por cento no mesmo horário. ENERGIA MAIS BARATA A prometida queda do custo da energia pelo governo federal em 2013, de até 28 por cento para a indústria, garantirá uma redução de cerca de 5 dólares no custo de produção por tonelada de aço da Gerdau no Brasil, informou o presidente-executivo da companhia. O impacto poderia ser maior, considerando que a Gerdau é autoprodutora de energia e possui três hidrelétricas próprias que garantem o suprimento de cerca de 40 por cento de suas necessidades de eletricidade. O executivo se recusou a responder se a Gerdau investirá em capacidade adicional de geração própria de energia, tema que está em análise dentro do novo plano de investimentos global do grupo que deve ser apresentado em fevereiro de 2013, para o período de cinco anos. (Por Cesar Bianconi)

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