PUBLICIDADE

Publicidade

Gerdau vê alta demanda de aço com 'Minha Casa, Minha Vida'

Construção de 1 milhão de moradias em 5 anos pode gerar demanda de 1 milhão de toneladas de aço

Por Sandra Hahn e da Agência Estado
Atualização:

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - que pretende estimular a construção de 1 milhão de moradias - pode gerar demanda de até 1 milhão de toneladas de aço em um período de três a cinco anos, estimou nesta sexta-feira, 21, a Gerdau, durante apresentação em reunião da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Além do programa do governo federal, o presidente da siderúrgica, André Gerdau Johannpeter, lembrou que a construção civil indica boas perspectivas de retomada de lançamentos imobiliários no Brasil.

 

PUBLICIDADE

Em sua análise do comportamento da demanda por regiões de atuação da Gerdau, Johannpeter citou que grande parte da retomada na América do Norte depende de medidas de estímulo do governo. "Vemos que os Estados Unidos, até o final do ano, começam a retomar o crescimento", comentou, ao prever que a melhora deve ser mais visível em 2010. Na América Latina, o governo chileno lançou pacote de estímulo econômico de US$ 4 bilhões para 2009. No segmento de aços especiais, que foi o mais afetado pela crise na Gerdau, o Brasil teve destaque com a redução de impostos para o setor automotivo, que manteve a demanda de veículos leves.

 

Apesar de sinais de melhora no consumo de aço, o executivo reiterou a posição de "otimismo moderado" com o comportamento do mercado no segundo semestre. "Prosseguimos com o monitoramento cauteloso da demanda", observou. "Houve bons sinais, mas estamos estudando para ver quanto disso é reposição de estoques, porque todos frearam seu consumo, e quanto é demanda real", acrescentou. O grande risco, em toda a indústria siderúrgica, é que as capacidades reduzidas durante a crise voltem a operar ao mesmo tempo e produzam excesso de oferta, analisou o executivo.

 

Ele citou que a Gerdau está retomando o uso de algumas capacidades. A siderúrgica reavaliou a decisão de paralisar temporariamente sua usina siderúrgica localizada em Sayreville, em Nova Jersey, Estados Unidos, que seguirá operando. O grupo também já havia comunicado que decidiu manter em funcionamento o alto-forno 2 da Açominas, após a reativação do equipamento de número 1 na mesma usina.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.