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Gigantes nasceram em meio a furacões

GE, HP, GM e FedEx são exemplos

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Por Redação
Atualização:

Símbolos da história empresarial americana, General Electric, HP, FedEx e General Motors são algumas das empresas que nasceram em tempos de apostas negativas, cenários turbulentos e, muito, muito pessimismo. E provam que um grande negócio pode surgir em tempos de crise. A General Electric, por exemplo, surgiu após a quebra da empresa de investimentos Jay Cooke Y Co., em 1873, que provocou o fechamento da Bolsa de Nova York por seis dias, dando início a uma crise financeira que durou seis anos. O baixo-astral do período não demoveu Thomas Edison de abrir seu laboratório e investir em experimentos, como o que deu origem à lâmpada elétrica. A Edison General Electric Company foi fundada em 1896. No ano passado, faturou US$ 183 bilhões. Já a HP foi criada no fim da Grande Depressão que assolou os EUA nos anos 1930, na garagem de dois jovens empreendedores da Califórnia. A montadora General Motors foi criada durante o pânico de 1907, crise financeira que também levou bancos à falência e banqueiros ao suicídio. No meio da crise do petróleo, o empreendedor Frederick W. Smith percebeu uma demanda pela entrega rápida de documentos e inaugurou a FedEx. A transportadora resistiu aos altos preços do petróleo nos dois primeiros anos. Quando o valor baixou, tornou-se lucrativa - e empresa líder no ramo nos EUA. No Brasil, uma série de empresas surgiu na década de 30, quando o mundo se recuperava do tombo de 1929. Arno, Romi, Walita e Villares são exemplos. Segundo Renato Colistete, professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em história empresarial, apesar de elas terem nascido em outro contexto - o País estava se industrializando - a crise teve impacto na decisão dos empreendedores. "Com o fim a alta dos preços dos importados, como efeito da crise, criou-se um estímulo para a produção doméstica. As empresas nacionais se aproveitaram disso", explica. A Romi, hoje uma das maiores indústrias de máquinas do País, surgiu em 1930. Segundo Colistete, o negócio começou como uma oficina de reparos das máquinas agrícolas. Os equipamentos eram importados, já que, até então, os produtores de café tinham dólares em abundância. Mas, com a crise, o cenário mudou. "Importar ficou mais difícil e as máquinas precisaram de manutenção", conta. A empresa aproveitou a oportunidade para passar a fabricar as máquinas. Em 2007, a Romi faturou R$ 278,8 milhões.

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