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Gisele dita a moda do euro

Empresários querem vender na moeda

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Por Redação
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A top model Gisele Bündchen lançou moda entre os exportadores. Há cerca de três semanas, a brasileira foi destaque no site da agência de notícias internacionais Bloomberg, segundo a qual Gisele quer se manter como a modelo mais rica do mundo e, por isso, tem insistido em ser paga em qualquer outra moeda forte que não seja o dólar, dando preferência ao euro. Olhando para 2008 sem perspectiva de recuperação do dólar ante o real, os exportadores brasileiros fazem o mesmo: buscam estratégia para vender seus produtos em euros lá fora. "No caso do exportador é mais uma questão de sobrevivência da empresa", diz Mauritius Dubnitz, presidente da HVM do Brasil, exportadora de componentes para iluminação em néon. "Com todo o respeito à Gisele, a gente não pode comparar um custo fixo de uma modelo com o de uma empresa." O real valorizado em relação ao dólar rouba competitividade do produto brasileiro, cujo custo de produção é majoritariamente cotado na moeda nacional. "Ao mesmo tempo em que o euro tem se valorizado em relação ao dólar, nossa moeda se desvaloriza em relação ao euro, o que é positivo para exportações para a Europa", diz Sérgio Valle, economista-chefe da consultoria MB Associados. O dólar já caiu 79,5% em relação ao euro desde outubro de 2000. No auge da crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos, de julho deste ano para cá, a moeda americana perdeu 9% do valor. Gisele encabeça uma lista crescente de pessoas ricas e de exportadores que chegaram à conclusão de que o dólar deve se desvalorizar ainda mais.

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