Mais uma tradicional revista está dando adeus à edição impressa. A Condé Nast americana – que publica títulos como Vogue, Vanity Fair e The New Yorker – anunciou na semana passada que vai encerrar a edição mensal física da Glamour.
Dois fatores anteciparam a mudança. No ano passado, a Condé Nast reduziu o total de edições anuais da Glamour de 12 para 11. Em janeiro, a companhia escolheu a jornalista Samantha Barry, vinda dos meios digitais, como editora-chefe da publicação.
Apesar de o total de assinantes da Glamour ter ficado estável nos últimos anos – em 2,2 milhões de pessoas –, Samantha Barry defendeu o fim da edição impressa.
“Esse é o plano, porque faz sentido”, disse Samantha, que trabalhou no passado como produtora executiva na área digital da rede de notícias CNN. “As audiências estão no digital e é lá que nosso crescimento está. A periodicidade mensal não faz mais sentido para os leitores da Glamour.”
A editora afirmou que a revista ainda pode publicar edições impressas ocasionais, que devem girar em torno de tópicos como poder e dinheiro ou falar de eventos específicos, como o prêmio “Mulheres do Ano”. Por enquanto, o acesso à edição digital da Glamour vai continuar sendo gratuito.
Em um comunicado divulgado na última quinta-feira, Anna Wintour, editora-chefe da Vogue e diretora artística da Condé Nast, referiu-se a Samantha Barry como uma “agente da mudança na Glamour”. “Ela vai se comunicar com leitores leais nas plataformas digitais e sociais que eles usam com mais frequência.”