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Globalização será o novo foco do Banco Mundial, diz Zoellick

Por LESLEY WROUGHTON
Atualização:

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, apresentou na quarta-feira uma nova estratégia cuja prioridade é levar os benefícios da globalização também às pessoas e países mais pobres. Em discurso que marca seus primeiros cem dias no cargo, Zoellick disse que o banco precisa se tornar mais eficaz para promover "uma globalização inclusiva e sustentável", priorizando as necessidades das economias pobres e emergentes, além de dar mais atenção ao meio ambiente. "A globalização oferece oportunidades incríveis", disse ele no texto preparado para ser lido no National Press Club, nos EUA. "Apesar disso, a exclusão, a pobreza abjeta e os danos ambientais criam perigos." Ele citou seis temas que serão prioritários, entre os quais o reforço no combate à pobreza, atenção a países que estão saindo de conflitos, mais apoio ao mundo árabe e maior participação do banco em economias emergentes. Sobre a assistência no combate às mudanças climáticas, Zoellick disse que pretende se aprofundar nisso antes da conferência da ONU sobre o tema, marcada para dezembro na Indonésia. Zoellick também pediu que os países ricos ampliem suas doações a um fundo do banco destinado a credores mais pobres nas atuais negociações para a renovação da Associação de Desenvolvimento Internacional (ADI). O presidente do Banco Mundial recentemente anunciou que a instituição aumentaria suas próprias contribuições à ADI, usando os lucros da sua subsidiária de crédito ao setor privado, chamada International Finance Corp.. "Eu quis que todos os doadores soubessem, em termos concretos, que o Grupo Banco Mundial 'vai colocar seu dinheiro onde está sua boca' quando chegar a hora de aumentar a ADI. Agora precisamos que o G8 e outros países desenvolvidos traduzam suas palavras das declarações da Cúpula em números sérios também." Mas Zoellick disse que o banco ainda pode fazer mais. "É o propósito do Grupo Banco Mundial assistir os países para que consigam capitalizar o capital e as políticas por meio de uma mistura de idéias e experiência, desenvolvimento e oportunidades do mercado privado, e apoio ao bom governo e contra a corrupção --com incentivo dos nossos recursos financeiros." Ele disse também que o Banco Mundial deve apresentar idéias para projetos e acordos internacionais, além de fortalecer seu trabalho no combate à corrupção.

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