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GM lança o Prisma, para concorrer com veículos pequenos

O desenvolvimento do produto, e a duplicação da capacidade da unidade de Gravataí (RS), levaram 18 meses e consumiram US$ 240 milhões em investimentos

Por Agencia Estado
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Após 18 meses e investimentos de US$ 240 milhões, utilizados no desenvolvimento do produto e na duplicação da capacidade da unidade de Gravataí (RS), onde o modelo será produzido, a General Motors (GM) apresentou nesta quarta-feira à imprensa o seu novo sedã, o Prisma, com motor 1.4 flex. O modelo é uma aposta da empresa para elevar sua participação no mercado de veículos pequenos, um segmento que cresce 60% ao ano no Brasil. De acordo com o diretor de Marketing da empresa, Samuel Russel, a expectativa é de que o novo modelo alcance um volume de vendas entre 2 mil e 2,5 mil unidades ao mês até o final do ano. "O que deve atrair o consumidor no primeiro momento é a novidade, mas em uma segunda fase deve contar a relação custo benefício", afirma. O Prisma participará do segmento dos veículos sedãs não populares, ou seja, com motorização acima de 1.0 litro. Esta categoria, especificamente, registrou um crescimento expressivo nas vendas, de 107% nos últimos três anos no País. Segundo o executivo, a pequena diferença de preço entre os modelos 1.0 deverá atrair o consumidor que procura maior potência e mais espaço no porta-malas. Russel explica que a diferença de custo pode ser facilmente absorvida nos prazos extensos de financiamento oferecidos atualmente. "Hoje, 60% dos carros são vendidos com financiamento e essa diferença de preço poderá ser diluída nesse prazo", avalia. Russel destaca que o carro, 100% desenvolvido pelos designers e engenharia da General Motors do Brasil, não vem para substituir o Classic (sedã mais barato oferecido pela empresa), mas para complementar a linha oferecida pela companhia atualmente, que conta também com o Corsa, Astra, Vectra e Ômega. O sedã de porte pequeno, que chega ao mercado com preços entre R$ 29,990 mil (versão Joy) e R$ 35,940 mil (versão Maxx), deve competir diretamente com as versões sedã do Fiesta (Ford), Siena (Fiat), Pólo (Volkswagen) e Clio (Renault). O novo modelo da GM poderá ser visto pelo consumidor no Salão Internacional do Automóvel 2006, que acontecerá entre os dias 19 e 29 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Logo após o evento, o veículo estará disponível nas concessionárias. Gravataí De acordo com o diretor de produção do complexo da GM em Gravataí, Cláudio Eboli, os recursos investidos na unidade elevaram a capacidade para 230 mil veículos por ano, ante 120 mil mantida anteriormente. Segundo ele, atualmente a unidade trabalha em dois turnos com uma produção de 40,5 carros por hora. O complexo, inaugurado em 2000, emprega 2,1 mil funcionários diretos e outros 2 mil indiretos que trabalham para 21 sistemistas que atendem a empresa "just in time". Além de Gravataí, a GM possui unidades produtivas em São Caetano, na grande São Paulo, e em São José dos Campos, no interior do Estado. No ano passado, a empresa produziu 570 mil veículos, volume que deverá se repetir em 2006. A previsão leva em conta a redução das exportações neste ano, afetadas pelo câmbio, o que reduziu a rentabilidade da operação. Em 2005, a empresa exportou 208 mil unidades para mais de 40 países, com receita de US$ 1,6 bilhão. A expectativa é de que neste ano o faturamento com as vendas externas se mantenha no mesmo patamar. O total de unidades de automóveis exportados, no entanto, deve ser reduzido.

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