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GM volta ao azul depois de cinco anos de prejuízos

Montadora, que havia pedido concordata em 2009, registrou lucro de US$ 4,7 bilhões no ano passado

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Por Redação
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DETROIT E SÃO PAULOA General Motors teve em 2010 seu primeiro lucro anual desde 2004, de US$ 4,7 bilhões. Foi o melhor resultado desde 1999, quando a montadora teve lucro de US$ 6 bilhões. Os ganhos no quarto trimestre do ano passado, no entanto, ficaram abaixo do esperado pelos analistas.Nos três últimos meses de 2010, a GM teve lucro de US$ 510 milhões, em comparação com o prejuízo de US$ 3,5 bilhões no mesmo período do ano anterior. Analistas previam ganhos de US$ 966,4 milhões.O resultado de 2010 coroa um ano em que a GM voltou aos mercados de ações com uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de US$ 23,1 bilhões, realizada em novembro. O governo dos Estados Unidos agora controla 26,5% da montadora, menos do que os 61% que adquiriu após fornecer socorro de US$ 49,5 bilhões para a companhia.As operações da Opel, braço da GM na Europa, continuam sendo fonte de problemas e perderam US$ 568 milhões no quarto trimestre do ano passado e US$ 1,8 bilhão em todo o ano. Já na América do Sul, a operação apresentou lucro de US$ 932 milhões. Segundo Jaime Ardila, presidente da GM na América do Sul, o Brasil representa cerca de 65% das receitas da região, que atingiram US$ 16 bilhões em 2010. A participação no negócio global da GM é de cerca de 12%.Ardila afirma que o Brasil, ao lado da China, é o pilar do crescimento mundial da montadora nos próximos anos. A companhia pretende investir US$ 1,2 bilhão no País somente em 2011. Até o fim do ano, pretende lançar três modelos de veículos. Para 2012 estão previstos mais seis lançamentos. O grupo também confirma a abertura da fábrica de motores em Joinville (SC) para outubro do ano que vem. "As obras civis começam em março. Dá para cumprir o prazo", disse.O Brasil é o terceiro maior mercado individual para a montadora, atrás da China e dos EUA. A GM vendeu 658 mil veículos no País em 2010. A expectativa para este ano é de 700 mil unidades.Comando. Ardila não quis dar detalhes sobre a repentina saída da presidente da GM do Brasil, Denise Johnson, anunciada na terça-feira. Ela deixou a companhia menos de oito meses depois de assumir o posto no País. "Foi uma decisão pessoal, por isso não posso comentar." Ardila, que presidia a GM do Brasil antes de Denise, vai acumular as duas funções até que a matriz decida o substituto da executiva. Segundo ele, não há prazo para a decisão e é possível que fique no cargo por bom período.Ardila afirmou que a subsidiária deixará de enviar dividendos para a matriz que, segundo ele, não está precisando do dinheiro local, que deve ser reinvestido em projetos no próprio País. / FERNANDO SCHELLER e AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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