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Gol completa um ano e investe na ponte-aérea

Por Agencia Estado
Atualização:

A Gol completa nesta terça-feira um ano de atuação na aviação comercial brasileira e aproximadamente 2,24 milhões de passageiros transportados, 12% a mais do que o previsto. Este ano, a Gol receberá mais quatro Boeings para incrementar a atual frota de 10 aeronaves. Dois 737-700 (iguais aos demais) chegam ainda este mês e mais dois 737-800 com 177 assentos aterrissam em fevereiro. Além disso, a companhia deve começar a voar em fevereiro na rota mais concorrida do País, a ponte aérea Rio-São Paulo (Congonhas-Santos Dumont). A companhia, que iniciou no País o sistema de baixo custo e baixa tarifa, conseguiu abocanhar 8,05% do mercado aéreo doméstico em dezembro, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Com isso, ela encostou na Rio Sul, regional da Varig, que deteve em dezembro 8,18% do mercado. Azul - Segundo o vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni, a companhia faturou R$ 270 milhões no primeiro ano e tem intenção de praticamente dobrar esta receita em 2002, para R$ 500 milhões. "Queremos fechar o ano com 4 milhões de passageiros transportados e 12% do mercado", declarou. Segundo ele, a Gol terminou 2001 com aproveitamento médio de 62% nos vôos. "A empresa já está equilibrada e trabalhou no azul em alguns meses do ano passado", disse o executivo. Com a chegada dos novos aviões, a Gol deve terminar janeiro com 1.093 empregados e média de 93 funcionários por avião. Trata-se do contingente mais enxuto do mercado. De acordo com Gargioni, a empresa trabalha com o software Open Skies, que gerencia vendas, reservas e faz o controle da receita. "Isso nos permite trabalhar com menos papel, menos funcionários e menos custos". Para diminuir seus gastos, a companhia manterá a prática de estimular vendas pela Internet e oferecer apenas lanches frios nos aviões. Gargioni confirmou que a Gol deverá adquirir mais aeronaves este ano - além das quatro anunciadas - provavelmente da Boeing. Segundo ele, a companhia ainda estuda em que rotas usará os novos aviões. Tarcísio afirmou que a última pesquisa de perfil do cliente realizada em setembro concluiu que a Gol é uma das companhias preferidas de pequenos e médios empresários. "São pessoas preocupadas em cortar seus gastos", declarou o executivo. Transbrasil - De acordo com ele, a empresa não apresentou propostas para ficar com rotas da Transbrasil, que não voa desde dezembro. "Solicitamos novas rotas ao DAC, mas não sabemos a procedência delas". O executivo declarou que a Gol tem contratado pilotos da Transbrasil nos últimos tempos. A Gol pertence ao grupo Áurea, do empresário Nenê Constantino, que atua no transporte rodoviário de passageiros. O filho de Nenê, Constantino Júnior, é o presidente da empresa. Pelo sucesso obtido no primeiro ano de atuação, Júnior já é uma presença respeitada na aviação comercial, que o recebeu com farpas em janeiro do ano passado. Na época, ele foi acusado de praticar dumping por oferecer os mesmos serviços com preços mais baixos. Nova reação do mercado é esperada no mês que vem, se a Gol chegar à ponte aérea Rio-SP com tarifas mais baratas do que as dos concorrentes.

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