31 de maio de 2011 | 00h00
Ontem, a companhia afirmou que não está em negociação com nenhuma empresa aérea e que não foi procurada pela chilena LAN. Segundo entrevista publicada pelo jornal chileno El Mercurio, o gerente-geral da LAN, Ignacio Cueto, disse que a LAN deve procurar "um second best" caso a fusão com a TAM seja reprovada. "Podemos ir falar com a Gol, que não sei se estará disponível, mas que sua internacionalização não se compara com a da TAM", disse.
Para analistas do setor de transportes, a declaração do executivo da LAN não passa de pressão para que o Tribunal de Livre Concorrência do Chile (TDLC) aprove a fusão entre LAN e TAM. "Acho pouco provável que a fusão não seja aprovada", afirma um profissional que acompanha de perto o setor de aviação. Ele lembra que um indicativo seria o fato de o juiz não ter pedido informações adicionais às apresentadas pelas duas empresas em audiência pública no último dia 26. "Além disso, o juiz já afirmou que a decisão sobre o tema deve sair antes de 60 dias, o que é positivo", destaca.
Para o profissional uma fusão entre LAN e Gol faria menos sentido que uma associação com a TAM. O principal benefício para a companhia aérea chilena é o acesso ao mercado doméstico brasileiro, mas ele cita também as sinergias entre as duas empresas em viagens de longo curso, o que não aconteceria com a Gol.
Na quinta-feira, foi realizada uma audiência pública em Santiago, onde a TAM, a LAN, empresas concorrentes e um órgão de defesa do consumidor se manifestaram sobre a união que, se concretizada, criará a maior empresa aérea da América Latina.
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