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Gol tem perda de R$ 35,4 milhões no 2º trimestre

Prejuízo foi provocado por compra da Varig e crise nos aeroportos

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Atualização:

A crise aérea e a compra da Varig causaram impacto nos resultados da Gol. A companhia teve prejuízo de R$ 35,4 milhões no segundo trimestre do ano. No mesmo período de 2006, a empresa havia registrado um lucro líquido de R$ 106,7 milhões. Segundo analistas, o momento crítico ocorreu em abril e maio. O mês de junho foi considerado razoavelmente bom. Pelos cálculos da Gol, divulgados durante conferência com analistas, a crise nos aeroportos trouxe perdas de R$ 210 milhões à companhia no período. Ela deixou de faturar R$ 185 milhões na venda de passagens e ainda gastou R$ 25 milhões a mais com despesas extras, como combustível, taxas aeroportuárias não previstas e hotéis para acomodar passageiros que tiveram vôos cancelados. O prejuízo da Varig entre abril e junho foi de R$ 94 milhões. Pelas legislação brasileira, a Gol teve um lucro contábil de R$ 157 milhões. Mas o resultado não é levado em conta pelos analistas, já que foi inflado por um crédito tributário de R$ 243 milhões relacionado à compra da Varig. O mercado não se mostrou surpreso com o prejuízo. Há cerca de um mês, a Gol já havia enviado nota avisando os analistas da possível perda. Embora o resultado seja referente ao período anterior ao acidente da TAM, os executivos da Gol mostraram-se otimistas em relação ao terceiro trimestre. ''''Eles passaram uma idéia positiva. Disseram que o mês de agosto começou bem, que esperam melhoria na infra-estrutura e não temem o impacto da redução do número de vôos no aeroporto de Congonhas'''', diz um analista que acompanha as ações da Gol. Na conferência de ontem, os executivos usaram como exemplo os casos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Segundo eles, a receita por passageiro por quilômetro voado da Gol aumentou depois que boa parte do fluxo de Santos Dumont e Pampulha foi transferido para os aeroportos Tom Jobim e Confins. ''''É certo que a nossa produtividade em Congonhas será reduzida e que nosso custo deverá crescer. E isso poderá ser repassado para as tarifas'''', disse o presidente da Gol, Constantino Júnior. A companhia também reduziu diversas projeções para 2007. A estimativa de taxa de ocupação caiu para uma faixa entre 68% e 70%, ante os 72% iniciais. A previsão de receita líquida caiu de R$ 6 bilhões para um intervalo entre R$ 5,5 bilhões e R$ 5,7 bilhões. A companhia espera ainda queda de 12% na receita por passageiro por quilômetro voado. BETH MOREIRA E

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