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Golpistas atuantes na Bovespa

São cada vez mais comuns os casos de acionistas de telefonia que não conseguem vender seus papéis porque descobrem que a transação já foi efetuada por outra pessoa. Golpistas conseguem as listas das companhias telefônicas e fecham negócio.

Por Agencia Estado
Atualização:

Alguns acionistas de empresas de telefonia têm enfrentado uma dificuldade adicional para vender seus papéis. São cada vez mais comuns os casos em que eles não conseguem realizar o negócio porque descobrem que a transação já foi efetuada anteriormente por outra pessoa. De acordo com a gerente de orientação a investidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Sheila Lima, isso ocorre porque há golpistas que conseguem - por meios que ela desconhece - as listas de acionistas das companhias telefônicas. Segundo ela, eles fazem o cadastro nas corretoras como se fossem os verdadeiros acionistas e, então, vendem as ações. Sheila explicou que o investidor pode recorrer ao fundo de garantia da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e ser reembolsado. Para tanto, é necessário que a denúncia seja feita à CVM até seis meses após a realização do negócio e que este tenha sido feito por uma sociedade corretora. A inexistência de uma centralização no serviços de informações aos acionistas abre espaço para a atuação dos chamados garimpeiros. O termo abrange desde pessoas que trabalham com a compra e venda de ações até aqueles que agem de má fé. Em julho, a CVM divulgou uma lista com nomes de 27 pessoas acusadas de negociar ações sem autorização. Uma delas afirmou que sua atividade é necessária e legal. Segundo ela, a resolução no. 002690, do Conselho Monetário Nacional, autoriza as negociações de valores mobiliários em caráter privado. Segundo Sheila Lima, a resolução citada se aplica apenas a negócios esporádicos e realizados entre parentes ou amigos.

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