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Google Glass é usado em aeroporto para facilitar embarque

Recepcionistas da Virgin Atlantic identificam passageiros antes mesmo de receber seus documentos e passagem

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Por Redação
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LONDRES - A companhia aérea Virgin Atlantic começou a usar o Google Glass para procedimentos de recepção e embarque de passageiros na Inglaterra. A experiência vem sendo feita nas últimas semanas para conferir as informações dos viajantes e buscar um serviço cada vez mais pessoal, informou a empresa britânica. A equipe que recebe os passageiros e checa os bilhetes usa o Google Glass para reconhecer o passageiro, saber seu voo e suas preferências sem que seja necessário mostrar qualquer identificação. A companhia aérea britânica, de propriedade conjunta da Virgin Group, de Richard Branson e da Delta Air Lines, foi uma das primeiros a instalar telas de vídeo do encosto do banco em 1980. A filial Virgin America passou a oferecer Wi-Fi durante os voos em toda a sua frota em 2009, anos à frente de muitos outras companhias aéreas.

Leia também: Empresário se veste de aeromoça, mas perde 'emprego' no primeiro voo O uso do Google Glass faz parte do esforço da empresa de associar sua marca aos avanços tecnológicos. A empresa ainda não revelou os primeiros resultados da experiência, mas alguns passageiros estranham. Um dos atendentes reproduziu um comentário comum dos passageiros: "Ótimo, eu estou sendo recebido por um cyborg". Hani Abouhalka, uma passageira que fazia o check-in, ficou intrigada:"Eu li muito sobre o Google Glass, mas esta é a primeira vez que eu o vejo". Tim Graham, chefe da Virgin Atlantic para a área de inovação tecnológica, disse que, por enquanto, a câmera em forma de óculos com fone de ouvido teve a função de gravação de vídeo desativada em um aceno para os viajante sobre a preservação do direito à privacidade. "Estamos tentando mostrar que temos uma forma mais inteligente e avançada de obter as informações sobre os passageiros em um processo muito mais rápido". Analistas advertem, porém, que o setor de aviação e turismo deve ser cada vez mais sensível a desconfiança do público sobre as tecnologias que capturam seus dados, especialmente na esteira de recentes revelações sobre espionagem digital por governos.

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