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Google vai à Justiça contra a Microsoft

Gigante das buscas entra em ação na União Europeia que acusa a Microsoft de concorrência desleal no mercado de navegadores de internet

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Por Redação
Atualização:

Acusando a Microsoft de marginalizar deslealmente seus concorrentes, o Google anunciou que vai pedir sua entrada na ação antitruste movida pela União Europeia contra a Microsoft, que envolve o navegador para acesso à internet da empresa. Na ação, impetrada pela UE em janeiro, a Microsoft é acusada de vincular ilegalmente o seu navegador Internet Explorer ao sistema operacional Windows, sufocando com isso a competição no mercado de navegadores e reavivando as alegações centrais em que se baseou uma ação antitruste movida pelo departamento de Justiça americano contra a Microsoft, há uma década. A UE iniciou a ação depois de receber uma queixa da empresa Opera, fabricante de um navegador concorrente, sediada em Oslo, na Noruega. A fundação Mozilla, responsável pelo navegador Firefox, também requereu se juntar ao processo no inicio deste mês. O Google, que no ano passado lançou seu navegador Chrome, pediu para participar do processo como "terceira parte interessada" na ação movida pela UE. "O Google entende que no mercado de navegadores ainda existe pouca competição, o que impede a inovação", disse Sundar Pichai, vice-presidente de gerenciamento de produtos, num blog da empresa. "Isso acontece porque o Internet Explorer está vinculado ao sistema operacional dominante da Microsoft, o que dá à empresa uma vantagem desleal." A Microsoft não fez comentários sobre o anúncio do Google. Em janeiro, a empresa declarou que ainda estava analisando a demanda apresentada pela União Europeia. Algum tempo depois, declarou que a Comissão Europeia ameaçava impor uma "multa significativa" contra ela, e acrescentou que os órgãos reguladores poderiam obrigar a empresa a a incluir navegadores de empresas concorrentes nos computadores que usam o Windows. Para especialistas antitruste, não é surpresa uma empresa rival, como o Google, se juntar à ação movida pela UE. Eles questionam, no entanto, a oportunidade da ação europeia, proposta num momento em que os navegadores concorrentes do Internet Explorer estão ganhando espaço no mercado. A participação da Microsoft no mercado de navegadores caiu dos 80% que tinha há dois anos para 68% em janeiro, de acordo com a Net Applications, empresa de pesquisa de mercado. O Firefox tem uma fatia de 21,5%, enquanto que o Safari, fabricado pela Apple, tem 8,3%, e o Chrome, do Google, 1%. Microsoft e Google vêm se colocando em lados opostos nas alegações antitruste há tempos. O Google foi um dos principais opositores à proposta de compra do Yahoo, feita pela Microsoft, por exemplo. A Microsoft, por seu lado, também fez pressão contra a aquisição pela Google da empresa DoubleClick, e contra um proposto acordo de publicidade entre Google e Yahoo.

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