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‘Gostaríamos de instalar fábricas no Brasil’, diz primeiro-ministro chinês

No Rio de Janeiro, Li Keqiang visitou o centro de operações do MetrôRio e disse que parcerias com o Brasil representam 'cooperação entre dois gigantes'

Por Vinicius Neder e Antonio Pita
Atualização:

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang visitou nesta quarta-feira, 20, o centro de operações do MetrôRio, no Rio de Janeiro. Ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o premiê vistoriou os trens chineses da empresa CNR, comprados pelo governo do Estado para circular na Linha 4, em construção para ligar Ipanema a Barra da Tijuca.

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Li Keqiang classificou os 35 acordos assinados entre o Brasil e a China como uma "cooperação entre dois gigantes". Segundo ele, a parceria e os equipamentos de infraestrutura chineses permitirão ao Brasil "avançar mais rapidamente".

O primeiro-ministro sinalizou a vontade de instalar fábricas no País. "A China oferece ao Brasil metrôs, embarcações, ferro, aço e materiais de construção. Gostaríamos também de instalar no País fábricas e linhas de produção para criar mais empregos a cidadãos locais e facilitar a construção e manutenção desses equipamentos", reforçou o primeiro-ministro, que quebrou o protocolo e parou para falar com a imprensa na saída. Segundo ele, os brasileiros "estão satisfeitos com a qualidade dos equipamentos chineses".

"O Brasil está se desenvolvendo rapidamente e por isso busca grande quantidade de equipamentos de infraestrutura. Os dois países têm alcançado importantes consensos para cooperação de capacidade produtiva. São dois países emergentes, os maiores do hemisfério leste-oeste. São dois gigantes que com certeza vão obter sucesso", sintetizou o primeiro-ministro, durante visita ao Rio de Janeiro.

Li também comentou sobre os casos de imigrantes chineses que trabalham em condições análogas ao trabalho escravo, sobretudo em pastelarias. "Vamos trabalhar juntos para melhorar as condições do trabalhador", afirmou o premiê.

Além de Pezão, acompanharam a comitiva o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.

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