RIO - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou nesta terça-feira, 8, ser contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e que vai trabalhar para que a empresa não seja vendida neste momento.
Segundo ele, a empresa é fundamental para o Estado e para o abastecimento da população. Witzel, contudo, disse que não descarta uma abertura do capital da companhia no futuro.
“Sou contra a venda, porque ela pode ser melhorada e é estratégica para o Rio de Janeiro. Pode no futuro ter um IPO (abertura de capital da empresa em bolsa) e até ser preparada para uma privatização, mas não agora”, disse, durante cerimônia de transmissão de cargo da presidência do BNDES.
A privatização da Cedae foi incluída no pacto de recuperação fiscal do Rio de Janeiro com a União, depois que o Estado entrou em uma crise financeira profunda.
Witzel defendeu uma repactuação das dívidas dos Estados com a União. “Vamos trabalhar no Congresso até para que outros Estados possam ingressar na recuperação fiscal. Há um grande endividamento dos Estados. Não podemos fechar os olhos para isso e é preciso repactuar as dívidas, encontrar uma fórmula mais adequada para ser paga que não seja uma bomba-relógio no colo dos próximos governantes", afirmou. / REUTERS