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Governância aprimora mercado

Acionistas minoritários ganham força com esta modalidade de aplicação, que promove o aprimoramento de capitais.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a governança corporativa, utilizada em fundos de investimento específicos, acionistas minoritários ganham força para interferir na gestão de empresas. Nessa modalidade de aplicação, o administrador garante a participação ativa e a interferência na gestão das empresas. Segundo o diretor de projetos especiais da Bradesco Templeton Asset Management (BTAM), Paulo Vasconcellos, trata-se de uma nova tendência no mercado financeiro, cujo volume de negócios foi reduzido pela depreciação de valores de empresas com o processo de privatização iniciado há cinco anos. São empresas que perderam a atratividade para a maioria dos investidores e a força de decisão no mercado. Por isso, Vasconcellos explica que, quando existe a governança, há resultados melhores. Para divulgar e discutir o assunto, a BTAM, que tem um fundo de governança corporativa, vai promover seminários. O primeiro deles ocorreu na quinta-feira. A empresa lançou o fundo em dezembro, acumulando um patrimônio de R$ 313 milhões. O investimento recebe propostas de investidores com valores a partir de R$ 250 mil, de acordo com o conceito de investidor qualificado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Acionistas minoritários podem ingressar no fundo com até 95% do valor de sua carteira de ações, que será analisada. Além da taxa de gestão, de 1,5% ao ano, é cobrada uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder o INPC mais 12% ao ano. Aprimoramento do mercado de capitais A governança corporativa é o resultado da união de acionistas minoritários em fundos de investimentos específicos. O sistema fortalece o investidor ao possibilitar sua participação ativa na gestão das empresas. Portanto, os acionistas minoritários conseguem influir na gestão das companhias em que têm participação. Quando bem praticada, a governança pode contribuir para aumentar a eficiência, o valor e a liquidez das empresas de 2.ª e 3.ª linha, cujos papéis têm baixo grau de negociação no mercado. Na prática, o sistema possibilita o aprimoramento do mercado de capitais. Desde 1995, a governança é acompanhada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

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