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Governo ainda avalia pedido da Petrobrás para reajustar combustível

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou, contudo, que ‘nenhum aumento de preços é bom’

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Por Eduardo Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira, 13, que, embora a Petrobrás continue com seus preços defasados em relação ao custo de produção e do petróleo no mercado internacional, o governo ainda irá avaliar os pedidos da empresa por novo reajuste nos combustíveis. "Nenhum aumento de preços é bom. Aumento de preço de combustíveis não é bom", disse o ministro.

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Segundo ele, a companhia sempre solicita ao governo correções nos preços porque os reajustes dos preços de combustíveis têm sido apenas "episódicos". "Não estamos dizendo que vamos atender o pedido da Petrobrás, mas estamos avaliando", completou Lobão.

O último aumento autorizado pelo governo para os combustíveis foi em janeiro, de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina. Segundo especialistas, a defasagem entre o preço no Brasil e os praticados no mercado internacional estaria, no segundo trimestre na casa de 20%. Agora já teria ultrapassado 25%.

Ontem, em entrevista no Rio de Janeiro, o diretor Financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, disse que a empresa não desistiu de lutar por aumentos do preço dos combustíveis. Segundo ele, esse é um assunto sobre o qual a Petrobrás está trabalhando intensamente, para buscar o alinhamento dos preços internacionais.

Ao mesmo tempo que pressiona o governo para uma correção nos preços, a Petrobrás acena com a possibilidade de distribuir cerca de R$ 600 milhões em dividendos adicionais aos detentores de ações ordinárias (ON). Como a União tem a maioria das papéis ON, a medida serviria um empurrão para alcançar a meta de superávit para as contas públicas.

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