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Governo argentino ameaça usar lei contra petrolíferas

Por MARINA GUIMARÃES
Atualização:

O governo argentino ameaçou hoje as empresas petrolíferas com aplicação de lei que prevê pesadas multas se o abastecimento de combustível no país não for regularizado. "O governo vai aplicar todo o rigor da lei para que o mercado seja abastecido", afirmou o ministro de Planejamento, Julio De Vido. Há várias semanas os argentinos vem sofrendo com a falta de combustíveis nos postos. O ministro deixou claro que o governo está disposto a aplicar duras sanções, como fez em 2007 contra a Esso, Petrobras e Repsol, para regularizar o abastecimento. "Em função das medidas anunciadas ontem, que são de alento à produção de hidrocarbonetos no território nacional, não encontramos nenhuma razão para que o mercado esteja desabastecido", afirmou De Vido. Segundo ele, na cadeia de distribuição há alguns problemas de abastecimento, "que estamos acompanhando com muito detalhe". O ministro também destacou o altíssimo preço internacional do petróleo. No entanto, ele ressaltou que a obrigação do governo é "manter abastecido o mercado". Por isso disse que "aplicará a lei" que prevê multas para a empresa que não estiver abastecendo os consumidores. ExxonMobil De Vido também desmentiu as versões de que a estatal Enarsa estaria negociando a compra dos ativos da petrolífera americana ExxonMobil na Argentina. "Isso é absolutamente inexato, a Enarsa não prevê a compra de ativos", destacou De Vido em entrevista a uma radio de Buenos Aires. O ministro lembrou que a Esso tem 97 anos de história na Argentina, "com pessoal muito qualificado, com um nível gerencial ótimo, como os quais temos tido acordos e desacordos" e afirmou ter gostado da decisão da empresa de "ficar no país".

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