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Governo argentino reduz imposto de exportação para leite

O Diário Oficial publicou uma redução de cinco pontos para as vendas externas de leite em pó, passando de 15% para 10%, e dos queijos, de 10% para 5%

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Néstor Kirchner emitiu um sinal de paz ao setor leiteiro, que vinha ameaçando com um boicote se o governo não baixasse o imposto cobrado pelas exportações, as chamadas "retenções". O Diário Oficial publicou nesta sexta-feira uma redução de cinco pontos para as vendas externas de leite em pó, passando de 15% para 10%, e dos queijos, de 10% para 5%. "As medidas que tomamos são para favorecer o crescimento do setor. Vai gerar uma manutenção dos preços da produção de laticínios e beneficiará os produtores", afirmou a ministra de Economia, Felisa Miceli, na quinta-feira, ao anunciar a decisão do governo. Essa foi a primeira vez que o presidente Néstor Kirchner não levou ao máximo o nível de tensão com um setor e resolveu atender à reivindicação que os produtores estavam fazendo há mais de dois meses. Kirchner enfrentou, há um mês, quatro dias de boicote do setor agropecuário, o qual não chegou a provocar o desabastecimento, mas mostrou o poder de força do homem do campo, com uma adesão massiva. Os produtores ficaram satisfeitos com a medida mas afirmaram que não são suficientes, porque "o custo de produzir um litro de leite hoje é de 0,60 centavos de pesos (US$ 0,19 centavos), enquanto o que eles recebem é apenas 0,46 centavos (US$ 0,14 centavos), por causa dos impostos" . Apesar das reclamações dos altos impostos, as exportações não param de crescer. Entre janeiro e julho desse ano, foram exportadas 184.712 mil toneladas de leite em pó e queijos, no valor de US$ 421 milhões, o que representa um aumento de 15% em divisas e de 21% em volume, comparando com igual período de 2005.

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